Quem herdará a carruagem e os cavalos do príncipe Philip?

Até o fim da vida, o duque de Edimburgo sempre demonstrou o seu amor por cavalos e pelas atividades equestres, tais como polo e as corridas de carruagem. Apesar de ter também um grande fascínio pela escrita, por aviões e por automóveis, o que mais caracterizou este homem tão acarinhado pelo público foi a paixão pelos seus cavalos e carruagens.

Após a morte do duque, muitos se questionaram sobre quem herdaria a parte da herança com mais valor sentimental para o Príncipe: a sua carruagem e os cavalos.

A imprensa internacional revelou recentemente quem terá esta sorte de receber a preciosa herança de Philip: a sua neta Louise Windsor, filha do príncipe Eduardo e de Sofia.

Louise, de 17 anos, aprendeu a conduzir carruagens com o avô e partilhava com este a mesma paixão pela atrelagem, modalidade na qual compete e tem obtido resultados com distinção.

Louise irá receber a carruagem em alumínio e aço verde escura que é transportada pelos cavalos Balmoral Nevis e Notlaw Storm, que estiveram presentes no funeral e levaram o caixão de Philip.

 

Portugal Fashion – The Sofa Edition

Este slideshow necessita de JavaScript.

É no conforto do lar, de preferência num voluptuoso sofá, que se vai assistir ao 48.º Portugal Fashion. Numa
edição exclusivamente digital, em consonância com as medidas de contenção da pandemia, as
apresentações das coleções outono-inverno 2021-22 serão transmitidas em livestream no site
www.PortugalFashion.com, bem como nas redes sociais (Facebook e Instagram) do evento. E vai valer bem
a pena ficar em casa, pois as noites de 18, 19 e 20 de março trazem alguns dos maiores nomes da moda
portuguesa e o humor, irreverência e criatividade de Hugo van der Ding.

Esta “The Sofa Edition”, como orgulhosamente se assume, foi repartida em dois momentos: o take 1, que
acontece entre 18 e 20 de março, e o take 2, em data a anunciar. Neste take 1, o programa de apresentações
arranca na quinta-feira, às 20h00, com a jovem criadora Maria Carlos Baptista (plataforma BLOOM),
seguindo-se, nesse mesmo dia, Estelita Mendonça (20h45) e Katty Xiomara (21h30). Um dia depois, a 19,
nos mesmos horários, será a vez de Inês Torcato, Maria Gambina e Miguel Vieira revelarem as suas
coleções para a estação fria. Já no sábado, dia 20, vão ser conhecidas as propostas outono-inverno de
Ernest W. Baker, David Catalán e Alexandra Moura.

No primeiro take desta edição de sofá vão ser transmitidos vídeos com as coleções dos criadores, alguns
deles já apresentados no roteiro internacional do Portugal Fashion, e ainda pequenas produções
audiovisuais, de cariz mais conceptual, numa opção dos próprios designers por registos mais adaptados ao
desafio do digital. Além disso, Hugo van der Ding, responsável criativo pela campanha promocional desta
48.ª edição, entrevistará todos os criadores justamente de sofá para sofá, também por via digital. O
humorista tem vindo, aliás, a publicar pequenos sketches ilustrados nas redes sociais do Portugal Fashion,
em que parodia o universo da moda tendo como personagens um casal enfadonhamente confinado em
casa, José e Mariana, que é visitado pela hilariante Girafa Féshion.

No segundo take do 48.º Portugal Fashion, o programa incluirá vídeos da plataforma BLOOM (jovens
designers e alunos de escolas de moda) e dos vencedores do último concurso BLOOM, Maria Carlos
Baptista e Marcelo Almiscarado. Vão ainda ser reveladas as novas coleções dos criadores e marcas Diogo
Miranda, Alves/Gonçalves, Hugo Costa, Luís Onofre, Marques’Almeida, Susana Bettencourt, Pé de
Chumbo, Sophia Kah e Concreto. Destaque ainda para a apresentação dos uniformes da Seleção Nacional
para os Jogos Olímpicos de Tóquio e para um happening designado de “Welcome to Porto”, cujos
protagonistas são a marca Davii e o designer Nuno Miguel Ramos.

«O formato digital do 48.º Portugal Fashion é ditado por razões de saúde pública, mas também
procura ir ao encontro das novas formas de consumo e interação com a moda, sobretudo entre os
nativos digitais. Quisemos juntar o útil ao agradável, através de um formato inovador que reúne
moda, glamour e humor. De resto, os nossos criadores e marcas desenvolvem hoje quase toda a
sua atividade online, pelo que esta edição se insere neste esforço de transição digital da moda», explica
a diretora do Portugal Fashion, Mónica Neto.

A mesma responsável acrescenta que, «apesar dos constrangimentos causados pela pandemia, não
podíamos deixar de apoiar criadores e marcas neste momento difícil para a moda portuguesa e para
a atividade empresarial em geral. Tínhamos de realizar esta edição, mesmo que isso implicasse,
como foi o caso, apresentar digitalmente as coleções e repartir o evento por dois momentos. O
formato digital tem sido, aliás, adotado pelos principais eventos internacionais de moda,
designadamente alguns nos quais participaram criadores portugueses com o apoio do Portugal
Fashion», sublinha Mónica Neto.

O Portugal Fashion volta a reinventar-se, de 18 a 20 de março, apostando no digital a 100%, depois de em
outubro ter lançado, ou dado início, à  PF Digital TV. Para a próxima edição quiseram mais e
sentiram essa necessidade. De maior surpresa, de conteúdos diferentes e com um lado mais cómico na
imagem, para que contribuíssem com alguma alegria, para que estes momentos mais difíceis possam
ser, ainda que de forma simples e humilde, minimizados.

Foi com esta ideia em mente que nasceu o convite ao Hugo Van Der Ding, alguém “que foge à
normatividade do resto da sociedade”, nas palavras do próprio. Quiseram romper com o que tinham
feito até aqui. Quiseram arriscar, dar aquele passo extra que consideram importante e relevante.
Embora diga “que sim a tudo porque gosto de experimentar coisas novas, e porque nestas coisas
se recebem sempre imensos presentes”, e “sinta muita falta de jogar ténis intelectual com os
amigos, de ouvir pessoas da rua”, que são uma das suas grandes inspirações”, o Portugal Fashion deu
total liberdade ao Hugo para desenhar o que quisesse. Assim foi. E assim, também, nasceu o cartaz que
está em anexo.

No cartaz estão duas pessoas e uma girafa. Nas palavras do artista, “José e Mariana, um casal que,
como a maior parte de nós, está fechado em casa com a tendência natural para abandalhar. O jantar
passou a ser pizza todos os dias, estão há três meses com o mesmo fato de treino, e até já voltaram
a ter sexo um com o outro sem a presença de uma terceira ou quarta pessoa. Efeitos tristes da
pandemia. Felizmente, são visitados pela Girafa Féshion, uma espécie de grila falante, aquele amigo
do Pinóquio (aquele boneco de madeira de que se conta uma anedota muito ordinária com a Branca
de Neve), que os vai tirar dessa modorra. A ideia desta edição do Portugal Fashion, a Sofa Edition,
é precisamente escutarmos a nossa Girafa interior. Salvo seja.”.

A Eles&Elas dá os parabéns à ANJE, à diretora do Portugal Fashion, Monica Neto, ao André de Arayde e a toda a equipe!

Vemo-nos na primeira fila do sofá?!

Cláudia Cardinale

Este slideshow necessita de JavaScript.

Ícone de beleza e uma das grandes divas dos anos 60 e 70, Cláudia Cardinale, com 82 anos, iniciou o seu percurso na Tunísia mas foi sob a bandeira tricolor que alcançou o estre­lato e o reconhecimento como uma das grandes actrizes da idade de ouro do cinema europeu. Ao lado de nomes como Brigitte Bardo ou Sophia Loren, Cláudia Cardinale foi con­siderada uma das 50 mulheres mais bonitas da história do cinema mundial.

Cláudia Cardinale nasceu a 15 de Abril de 1938 no bairro de La Goulette, em Tunes (capital da Tunísia). Descendente de franceses e emigrantes sicilianos, que escolheram o então protetorado francês no norte de África para residirem, a pe­quena Claude nasceu num berço modesto.

Aqueles que a conheceram em criança descrevem-na como tranquila, um espírito livre que falava francês e árabe com os colegas da escola e que brincava alegremente nas ruas solarengas, bem longe do luxo e elegância que iria conhecer décadas depois. O siciliano era apenas uma recordação da longínqua terra dos seus pais.

Com apenas 18 anos, Cláudia era dona de uma beleza medi­terrânea única. Os seus olhos e cabelos negros fizeram com que ganhasse o concurso; A Mais Linda Rapariga Italiana na Tunísia. A sua participação nesta competição de beleza ocorreu por um mero acaso, já que tinha ido até a embaixa­da. com a mãe e quando deu por si tinha sido coroada a mais bela italiana a viver neste país do norte de África.

O acaso marcou sempre a vida e a carreira da jovem que viajou até ao festival de cinema de Veneza. Foi na cidade dos mil canais que enfrentou pela primeira vez a imprensa com o seu biquíni e hidajb típico, algo que chamou a atenção a todos, inclusive o produtor Franco Cristaldi, que procurava uma nova musa. Os convites para fazer cinema apareceram quase de imediato mas a representação não era o seu objetivo de vida principal. Esta paixão começou aos poucos e levou a que se muda-se em definitivo para Itália.

O sonho de Cláudia Cardinale tornou-a numa das mulheres mais conhecida Europa. A futura professora Claude deu ori­gem a actriz Cláudia, nome que iria fazer sonhar várias ge­rações. A tunisina de origem italiana e francesa acabou por seguir os mesmos passos de um dos nomes que mais marcou a sua adolescência, Brigitte Bardot. Aliás, Cardinale era vista por muitos como a resposta italiana ao fenómeno de elegân­cia protagonizado por BB.

Depois de ter deixado para trás terras africanas, Cláudia Car­dinale estudou artes dramáticas no Centro Experimental de Roma. O conto de fadas de Cardinale no grande ecrã começou ainda em 1958, com o seu primeiro sucesso na comédia I So­liti Ignoti. A jovem actriz, que era considerada por vários reali­zadores como a típica mulher siciliana, começou a sua carrei­ra enquanto outro grande nome vindo de terras transalpinas, Sophia Loren, transformava-se numa estrela internacional e na mulher mais conhecida do país.

A fama de Cláudia Cardinale chegou com filmes como O Leo­pardo; Rocco e os seus irmãos; onde teve a oportunidade de trabalhar com os mestres Federico Fellini e Luchino Visconti, os dois maiores realizadores do cinema italiano. Junto a eles, a namorada de Itália ganhou asas e eternizou o mistério que a rodeia esta efusiva atriz de voz rouca, jovial e sensual.

Sempre bem-humorada, Cardinale continua presente no ima­ginário colectivo de todos aqueles que viram as suas fasci­nantes personagens cheias de alma e coragem. Ao longo dos anos foi prostituta, santa ou uma romântica incurável. Mil mulheres no rosto de uma. No filme de Fellini, alcançou o estatuto de um dos maiores sex-symbols europeus, isto sem nunca recorrer a nudez. Com Fellini, que a via como a sua diva e com quem reaprendeu a conhecer-se, interpretou-se a si própria. Sem qualquer tipo de rodeios, foi o objecto da pai­xão e do desejo de Marcello Mastroianni. A dupla que fez com o galã italiano de sorriso irresistível arrancou os suspiros de todos. Esta interpretação fez com que as portas de Hollywood se abrissem. Na Meca do cinema foi alvo da atenção amorosa de alguns dos homens mais charmosos da época.

O reconhecimento internacional chegou com o clássico A Pantera cor-de-rosa; de Blake Edwards, protagonizado por David Niven. O britânico descrevia a sua colega de elenco como uma das melhores invenções italianas. Ao longo dos anos participou por mais duas vezes neste franchise cómico. Os figurinos usados por Cláudia Cardinale catapultaram-na ao papel de musa fashion. Nina Ricci, Roberto Capucci, Renato Balestra, Emilio Schuberth e Irene Galitzine foram alguns dos estilistas que vestiram a actriz que se destacou em géneros tão distintos como a comédia, o drama ou o western épico. Em Era uma vez no Oeste;, do realizador Sérgio Leone, foi elogiada pelo papel de uma ex-prostituta que se torna a principal rival, e interesse romântico, de Frank (Henry Fonda). Neste filme de­monstrou ser muito mais do que uma mulher bonita mas sim uma actriz de método. Inconformada por natureza e cansada com a sempre difícil indústria cinematográfica de Hollywood que a olhava como uma simples femme fatale, a italiana de­cidiu voltar para a Europa e para junto da sua família, um dos seus principais pilares.

Com 151 filmes e séries no seu currículo, e após uma breve passagem pelos Estados Unidos, estrelou várias películas dirigidas especialmente para o mercado italia­no e francófono. Em 1971, em As Petroleiras, dividiu o ecrã com a atriz que marcou a sua juventude e de quem ficou amiga, Brigitte Bardot. Ao lado da francesa prota­gonizou este western spaghetti sobre duas irmãs que voltavam à terra.

Cláudia Cardinale têm dois filhos: Patrick Cristaldi (fru­to de um violador desconhecido o que a levou a apre­sentar a criança durante muitos anos como seu irmão mais novo) e Cláudia, filha do diretor de cinema Pasquale Squitieri, com quem viveu mais de quatro décadas até a sua morte, em 2017.

Com uma carreira reconhecida internacionalmente pelas suas prestações únicas, a lendária actriz italiana ganhou alguns dos maiores prémios do cinema europeu, como é o caso do Urso de Ouro Honorário do Festival de Berlim ou o Leão de Ouro do Festival de Veneza. Em Portugal, a musa de Federico Fellini foi reconhecida com o Prémio Carreira do Festival Internacional de Cinema do Funchal. Vista como liberal e sempre interventiva em relação aos direitos das mulheres e dos gays, aqueles que não têm voz, Cláudia Cardinale é uma das embaixadoras da boa vontade da UNESCO e é uma ativista ecológica assumi­da. O tempo não pára para a inesquecível diva do cinema da idade do ouro. A lendária italiana aceita a sua idade com a compreensão e placidez de quem viveu uma vida inesquecível. Actualmente a viver em França, continua a trabalhar, especialmente com jovens realizadores em início de carreira.

Porto – Uma Festa no Palácio

Este slideshow necessita de JavaScript.

 

O Palácio da Bolsa, no Porto, encheu-se dos quadros de grandes nomes das artes plásticas, como Santiago Belaqua, Né Barros, Paula Bravo, Tim Madeira, Antonio Alves da Costa, Paula Fuso, Olga Giraldes e o Fotógrafo Carlos Rolo, a favor da muito necessária ampliação da APPACDM de Castelo de Paiva.
Espetáculo, alegria e amizade não faltaram no evento organizado por Ana Bela de Resende, Maria Helena Ribeiro e Carla Villas Boas Sampaio.
As obras de arte que não foram vendidas, foram oferecidas à Instituição e as que não foram leiloadas foram devolvidas aos seus autores. O sponsor Ouro desta Gala foi Manuel Machado com as empresas EPS-Empresa de Poliestireno Expandido e Mdois-Engenharia e Arquitetura. O empresário para além de sponsor com as suas empresas também rematou obras de arte em leilão.
Já a sponsor de Prata foi Carla Esmeriz com as empresas Charme House Cedofeita e Real Kay, participando com vouchers da Real Kay e com a oferta das instalações para o Staff e os Artistas.
Para um maior sucesso da Festa, outros parceiros, como a Quinta do Paço, a Quinta das Avelosinhas, Amaranto, Parodi Shoes, GF by Graciete Ferro, Yunik Dare to be You, Sandra Silva e o stylist António Coelho, ofereceram vouchers e artigos sorteados.
António Coelho apresentou uma linda passagem de modelos da Portugal Galaxi. A Festa ficou ainda marcada pela presença dos artistas Nuno Flores (violinista), da cantora Ágata, Yolanda Rebelo (dançarina exótica), sem esquecer os fotógrafos: Rui Miranda, Carlos Rolo, Pires Isau, Graça Marques e Augusto Abel Dias – que fez par com Ágata numa das músicas cantadas pela conhecida artista! Os apresentadores da Gala foram Marisa de la Fuente e Vitor Mendes. A revista Eles&Elas, que desde o início apoiou esta Gala, dá os parabéns à organização, bem como a todos os participantes do evento.

 

Este slideshow necessita de JavaScript.

Manuel Machado Sponsor Ouro

A empresa EPS- Empresa de Poliestireno Expandido iniciou a sua actividade em 2012. É uma empresa fabricante de produtos de isolamento térmicos, direccionados para a construção.
O administrador da empresa é Manuel Machado, Engenheiro Sénior, formado na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, tendo iniciado a sua actividade profissional em 1987 como director e consultor de empresas. Foi projectista e responsável pela constituição do gabinete de projectos MDOIS- Engenharia e Arquitetura, do qual ainda é sócio-gerente, com sede em Felgueiras.
Este gabinete é uma referência na região, constituído por Arquitetos e Engenheiros de várias especialidades; o M2 é autor de projectos marcantes na região – desde prédios colectivos, passando por loteamentos e edifícios industriais.
A empresa EPS encontra-se em franco crescimento, sendo uma das principais empresas do País no sector de isolamentos para a construção.
A EPS está sediada na Zona Industrial de Sendim, Felgueiras, possuindo uma área coberta de 5.000 metros quadrados.
É constituída por técnicos especializados e por mão-de-obra qualificada.
Os seus produtos destinam-se à construção civil e obras públicas, sendo: as placas para o “sistema etics”, as abobadilhas para as coberturas e outras peças técnicas, os elementos principais do fabrico.
A empresa tem apostado fortemente na tecnologia mais avançada em termos de equipamento, estando, neste momento, a proceder à instalação de painéis fotovoltaicos na cobertura dos telhados, por forma a garantir uma melhor eficiência energética.
Por outro lado, o gabinete de pesquisa da empresa prepara e estuda meticulosamente toda a formulação de novos materiais.
A empresa aposta continuamente na qualidade e na inovação.

Manuel Machado

 

Friendship Club

Este slideshow necessita de JavaScript.

2 de Julho de 2020 – O nascimento do Friendship Club no The Yeatman Hotel – Gaia, após o confinamento imposto pela pandemia da Covid-19.
O Friendship Club não tem fins lucrativos e é um projeto que se alicerça na Amizade e na Comunicação, onde a parte Cultural estará sempre presente.
A Mentora deste projeto é Maria Helena Ribeiro.
O Friendship Club tem a grande honra de ter a Senhora Dona Maria Isabel Vallado como Madrinha deste Projeto. É com muito prazer que a parte Cultural tenha a orientação do Sr. Dr. Miguel Vasconcelos. Orgulha-se também de contar com o Sr. Dr. Hugo André, da Família Cyrne, como Public Relations.

Discurso de apresentação

“Boa tarde minhas amigas e meus amigos. Hoje vai surgir uma novidade para todos vós. A formação de um clube, denominado Friendship Club.
Durante o confinamento da Covid-19, senti a necessidade de conviver, de estarmos juntos e isso levou-me, muitas vezes, a pensar no que as minhas amizades me têm vindo a dizer: para eu organizar algo que permitisse reunirmo-nos.
Assim, com a força de algumas amigas aqui presentes, resolvi organizar este chá, pois todos temos necessidade urgente de conviver, para matar as saudades que sentimos dos nossos amigos, vinculando assim, ainda mais, este sentimento de amizade que existe entre nós.
Todos queríamos que estivessem muitos aqui presentes, mas, infelizmente, temos regras a cumprir. Vamos sentir saudades daqueles que não puderam estar hoje aqui connosco devido a essas mesmas regras.

Hoje estamos aqui na esplanada do Yeatman Hotel, em Gaia, conceituado hotel vínico de luxo, com uma vista panorâmica única, porque nós merecemos esta paisagem deslumbrante sobre o Rio Douro e a cidade do Porto, que faz de nós umas Rainhas e uns Reis.
Já vinha pensando em organizar, sempre que possível, um encontro de amigos comuns na Primavera, no Verão, no Outono e no Inverno, quer aqui, neste local paradisíaco do Yeatman Hotel, quer noutro da mesma cadeia de hotéis, por exemplo, no Inverno, no Hotel Infante de Sagres, ou em outro local diferente, mas sempre em locais emblemáticos.

A Amizade é o bem maior da nossa vida. Foi sempre assim e será cada vez mais. O convívio obriga-nos a cuidar muito mais de nós, o que nos dá uma maior auto estima. Além disso, obriga-nos a comunicar. A comunicação é, verdadeiramente, um elemento fundamental da nossa vivência e, por isso mesmo, torna-se essencial compreender quais as melhores formas de a pôr em prática. Ela é o que nos liga ao nosso semelhante através de uma empatia, que vai além de qualquer simbolismo ou metáfora comunicada. É através da comunicação que conseguimos aprender e evoluir. Permite-nos, sem dúvida, uma grande aprendizagem e obter conhecimentos do que se passa à nossa volta. Todos nós sabemos que é do diálogo que nasce a LUZ.
A Covid-19 veio mostrar a necessidade urgente, que cada um nós tem, de fortalecer este laço tão forte da Amizade e com ela a Comunicação, sem dúvida um bem maior das nossas vidas.

O Friendship Club pode organizar somente um chá, como hoje, mas poderá igualmente, por vezes, organizar festas temáticas como, por exemplo: momentos de poesia, apresentação de livros, Exposição de Arte, desfiles de Moda, festas temáticas como, por ex., os Anos Vinte, música ao vivo, Fado, e outros temas culturais.
No Friendship Club a ética e a distinção e o glamour nunca poderão faltar.
Agora, com grupos um pouco maiores ao ar livre, vamos tentar conviver com Saúde e Alegria brindando à vida e tomando o nosso Tea, sempre com um cardápio que merecemos.

O Friendship Club aceita ideias de todos para que seja cada vez melhor!… Ele é de todas nós e dos amigos comuns.
Para madrinha do Friendship Club escolhemos a Sra. Dona Maria Isabel Vallado, por ela ser uma senhora que tem vindo a marcar as vidas de cada um de nós, pela sua personalidade forte, assim como pela sua simplicidade, harmonia e beleza. Por onde ela passa deixa sempre um sorriso e uma palavra de carinho e amizade. È uma das pessoas por quem sempre tive uma grande empatia e admiração.
Agradeço pessoalmente à Sra. Dona Maria Isabel Vallado ter aceite este convite de madrinha do Friendship Club.
Viva a vida!…”

Maria Helena Ribeiro

Quem será o herdeiro?

Quem será o herdeiro?

Este slideshow necessita de JavaScript.

O dia 2 de julho de 1953 está marcado a letras de ouro na história do Reino Unido. As ruas de Londres voltaram a ganhar o brilho que tinham perdido durante guerra e os súbditos espalhados por todo o território britânico prepararam-se para algo único: o coroar de um monarca e a esperança de um mundo novo que era protagonizada pelo casal Isabel e Filipe. Ninguém queria perder a oportunidade de vivenciar um pouco desta história real, mesmo sem estar presente na Abadia de Westminster.

Pela primeira vez, uma vez que a televisão começava a dar os seus primeiros passos, o país e o mundo puderam ver uma franzina jovem, de apenas 26 anos que, após a morte de seu pai, o Rei George VI, empunhava o cetro e a coroa de Saint Edward pela primeira vez e jurava dedicar a vida para salvaguardar os destinos de milhões de pessoas, unidas entre si, ainda que em pontos opostos do mundo. As cassetes que continham a gravação desta cerimónia voaram até à Jamaica para que pudessem ser difundidas, às primeiras horas da manhã, em Kingston, capital do país.

Desde a data da coroação, já passaram 67 anos e muitas são as histórias para contar. Mas se houve algo que marcou o reinado de Isabel II, durante todo este tempo, foi o seu dever de Estado e a força que ainda mantém para marcar presença nos momentos mais importantes na vida do país, como é a abertura parlamentar ou as habituais mensagens de Natal.

Modesta, empenhada e uma mulher de família. Estes são alguns dos adjetivos utilizados para descrever a estadista que é a monarca com o mais longo reinado do mundo. Sobre uma possível sucessão, pouco se sabe, mas os primeiros lugares na lista de sucessão ao trono são ocupados pelos príncipes Carlos, William e George.

 

Carlos, o paciente

O nascimento do príncipe Carlos a 14 de novembro de 1948, no Palácio de Buckingham, marcou o início de uma nova geração na família real.

Com apenas 3 anos, o jovem príncipe de Gales e herdeiro do trono, compareceu ao lado da avó materna e da princesa Margarida na cerimónia de coroação da mãe, a Rainha Isabel II, na Abadia de Westminster. Depois da cerimónia religiosa, que foi longa e com alguns incidentes a registar, como o de uma das aias da coroa a desmaiar com o calor, a família voltou para o palácio para uma receção.

De regresso a Buckingham, a Rainha retirou da cabeça a coroa que anteriormente pertencera a seu pai. Por várias vezes, a monarca relatou a dificuldade que sente em movimentar-se com o pesado adorno de 91 quilogramas de ouro trabalhado e inúmeras pedras preciosas. Foi ao pousar a coroa num móvel que Carlos tentou pela primeira vez alcançar aquela que é a principal joia do tesouro e traço máximo do poder. Males maiores foram impedidos devido aos reflexos rápidos de uma das amas que tinha como função vigiar de perto o pequeno herdeiro e a bebé Ana, os dois primeiros filhos da recém-coroada rainha e do príncipe Filipe.

Tal como o pai, que concluiu os estudos na Escócia, também Carlos foi enviado para o Gordonstoun College. Esta instituição que, no decorrer dos anos 60, apenas aceitava rapazes de famílias aristocráticas, primava por um estilo de ensino militar, mesmo de acordo com os alunos. O exercício físico, os banhos frios e as caminhadas matutinas pelas verdejantes florestas envolventes eram comuns para o pequeno príncipe.

Assim que se tornou o herdeiro ao trono do Reino Unido, Carlos foi honrado com o título de Príncipe de Gales. Vários anos depois, em 1969, o príncipe foi o protagonista de uma cerimónia que teve tanto de majestoso, como de histórico. O Castelo de Caernarfon, que é Património Mundial da Humanidade, recebeu esta cerimónia onde, de forma oficial, assumiu o título e envergou os paramentos reais. O jovem oficial da Marinha discursou em gaélico (esta foi a primeira vez que um membro da família real fazia um claro esforço para aprender esta língua) perante uma numerosa plateia de onde se destacavam a Rainha, o príncipe Filipe e a princesa Ana, sempre muito próxima do irmão mais velho. Só que o primeiro discurso oficial do Príncipe de Gales não foi consensual para todos os setores da sociedade e chegou mesmo a provocar alguns focos de violência entre os independentistas gauleses.

Com o percurso académico concluído e com provas dadas na Marinha, a formação do futuro Rei continuava com a participação em reuniões governamentais e com o estudo aprofundado da História e dos costumes dos 16 países que compõe a Commonwealth.

No que toca à vida amorosa, que foi sempre conturbada e marcada pelas manchetes nos jornais, tomou um novo rumo no dia em que foi anunciado o noivado (e posterior casamento) com Diana Spencer, antiga educadora de infância. Com apenas 19 anos de idade, a jovem loira de sorriso tímido e olhar enigmático era escolhida para se tornar a esposa de um dos solteiros mais cobiçados do mundo. Tal como aconteceu com a cerimónia de coroação da Rainha Isabel II, cerca de 750 milhões de pessoas em todo o mundo, assistiram em direto ao “sim” dos noivos.

Desta forma, começava uma nova vida para Carlos. Casado e pai de dois filhos, William e Harry, o príncipe passou a dedicar todo o seu esforço aos grupos marginalizados de centros urbanos, que apoiava através do programa Prince’s Trust. Já Diana, a “princesa do povo”, tornou-se na mulher mais fotografada do século XX e um alvo constante do assédio dos fotógrafos, que tanto a seguiam para momentos de diversão na costa da Riviera francesa, como para as viagens ao continente africano, onde era uma voz ativa na defesa dos doentes com HIV e no alerta contra a proliferação das minas antipessoais. Mesmo concentrado no trabalho, Carlos não conseguia esconder aquela que seria o amor de sua vida, Camila Parker Bowles. O final dos anos 80 trouxe o período a que a imprensa apelidou “guerra dos galeses”. Carlos e Diana trocavam acusações de adultério e a separação deu-se em 1992.

A década de 90, que chegou a ser apelidada pela Rainha de “annus horribilis“, terminou com o acidente do túnel das Almas, em Paris, que vitimou a mãe de William e Harry e o seu namorado da altura, Doddy Al-Fayed (herdeiro dos armazéns Harrods). A morte de Diana foi um dos momentos que mais abalou a monarquia britânica na história recente. Homens e mulheres de todas as idades e estratos sociais acorreram ao Palácio de Buckingham, um dos mais bem guardados edifícios do planeta, para depositarem flores e prestarem homenagem àquela que, embora já não sendo princesa, continuava a reinar nos seus corações.

Os anos foram passando e a imagem de Carlos, enquanto príncipe paciente, mudou aos olhos dos britânicos. Carlos, que se casou com Camila em 2005, aos poucos começou a assumir um papel cada vez mais preponderante no seio da família real, sendo cada vez mais habitual vê-lo ao lado da Rainha em cerimónias protocolares ou receções a dignitários estrangeiros. O que permaneceu imutável foi a preocupação que tem pelo ambiente, temática que lhe é bastante querida. Sempre que planta uma árvore, o príncipe de Gales faz questão de tocar num dos ramos para desejar uma boa e longa vida.

William, o guerreiro

A manhã de 21 de junho de 1982 amanheceu chuvosa na capital britânica. À porta do Hospital de St. Mary acumulava-se uma pequena multidão de populares e jornalistas que, apesar do mau tempo, queriam ser os primeiros a ver o recém-nascido. William Wales era o nome que estava escrito na ficha médica do bebé que, acabado de nascer, já tinha os “olhos do mundo” postos sobre si. As primeiras pessoas a visitar a criança e os pais, Carlos e Diana, foram os avós John Spencer e Frances Kydd e a Rainha Isabel II.

Wills ou o “pequeno tornado”, nome carinhoso pelo qual era tratado pela princesa Diana, foi uma criança brincalhona e curiosa que fazia o encanto dos jornalistas sempre que aparecia em público, fosse num simples passeio no parque ou na varanda do Palácio de Buckingham, a assistir a uma parada militar ao lado das tias, as princesas Ana e Sarah.

Na primeira aparição pública que protagonizou, William e os pais visitaram a Catedral de Llandaff, em Cardiff. Finda a visita, o príncipe demonstrou ser canhoto ao assinar o livro de visitantes da Catedral. À saída, a família recebeu um “banho de multidão”. Milhares de pessoas quiseram cumprimentar o príncipe, e até oferecer-lhe flores, ao que agradecia com um envergonhado “obrigado”.

A vida familiar dos irmãos William e Harry ficou abalada com a separação de Carlos e Diana, em 1992. Tal como milhares de outros jovens, os netos da Rainha de Inglaterra passaram a dividir o tempo entre os progenitores. Foi durante um verão que os irmãos, acordados pelo pai e pelos avós, receberam a notícia que jamais queriam ouvir: a mãe tinha morrido. Com apenas 15 anos, William caminhou atrás da charrete que carregava o corpo de Diana até à Abadia de Westminster. Foi neste local, que recebe as cerimónias mais marcantes da família real, que decorreu a cerimónia fúnebre da “Princesa do Povo”, eternizada por Elton John no tema “Candle in the Wind”.

O percurso académico do futuro Rei e Chefe das Forças Armadas Britânica iniciou-se no Eton College, onde estudou Geografia, Biologia e História da Arte. Só que antes de ingressar na vida académica, e tal como muitos jovens, William decidiu tirar um ano sabático (gap year, em inglês). Esse ano foi dividido entre o trabalho voluntário, no Chile e em vários países africanos, e um estágio do exército no Belize.

Em 2001, o herdeiro da coroa britânica foi aceite na Universidade escocesa de St. Andrews. Foi durante o percurso universitário que William conheceu e se apaixonou por aquela que viria ser a sua mulher: Kate Middleton. Nascida seis meses antes do futuro monarca, Kate é filha de Michael e Elizabeth Middlenton, antigos funcionários da British Airways, tornados milionários após a abertura de uma empresa especializada em festas infantis. Tal como o príncipe, a jovem de cabelos castanhos também optou por um ano sabático antes de entrar na Universidade de St. Andrews. Foi nesta instituição de ensino que se formou em História da Arte e conheceu o filho mais velho de Carlos e Diana.

O namoro de Kate com o herdeiro da família real inglesa durou vários anos, tendo sido apelidada pela imprensa inglesa, onde fazia capa diariamente, de “Waity Katie” (ou “Kate em espera”) pelo pedido em casamento que teimava em não chegar.

Durante este tempo, trabalhou na cadeia de lojas de roupa Jigsaw (propriedade de amigos da família) e deu asas à sua paixão pela fotografia. Kate foi vista em vários momentos importantes da vida de William. Em 2010, pouco antes do anúncio do casamento, largou o trabalho que tinha e mudou-se para o País de Gales, passando a viver bem perto de William.

O anúncio oficial do noivado de William e Kate foi tornado público através de um comunicado da Clarence House, residência oficial do príncipe Carlos. Na primeira entrevista dada pelo casal, as lentes dos fotógrafos focaram-se no pormenor que se destacava na mão da noiva. O anel, que brilhava perante as luzes, tinha feito parte da coleção privada de joias de Diana.

O casamento dos duques de Cambridge realizou-se no dia 29 de abril de 2010, na Abadia de Westminster, e o governo decretou feriado nacional pelo acontecimento. Este enlace, que fez lembrar o protagonizado pelos pais de William, 30 anos antes, foi transmitido pelo YouTube e o momento do beijo na varanda do palácio foi aplaudido por uma multidão que empunhava bem alto a Union Jack, bandeira que marca a união do Reino Unido.

William prestou serviço na Marinha Real Britânica e foi piloto de busca e resgate da Força Aérea Real da Grã-Bretanha, no País de Gales. Durante os sete anos que passou nas Forças Armadas, o tenente de Gales, como era conhecido pelos colegas, realizou inúmeras operações de resgate onde os ventos fortes e a baixa visibilidade eram as condições de trabalho normais para o habilidoso piloto, que passou para a reserva quando nasceu George, o seu primeiro filho. William e Kate, que são primos em décimo quinto grau graças à família Fairfax e ao Rei Eduardo III, também são pais de Charlotte (5) e Louis (3).

Muito querido pela Rainha Isabel II, William prepara-se desde há muito para suceder à avó na liderança dos destinos britânicos e tem um peso cada vez maior na família real. Quando subir ao trono, o duque de Cambridge será conhecido como William V.

 

George, a criança mais famosa do mundo

Se há algo que os britânicos adoram, quase tanto como a família real, são as apostas. Nada melhor que conjugar estes dois “amores” na tentativa de descobrir qual seria o nome do primeiro filho do casal William e Kate. Durante nove meses, esta gravidez foi acompanhada de perto por todos. Aliás, ainda antes de nascer, o pequeno príncipe britânico era descrito pelo The Washington Post como “a criança mais famosa do mundo”.

Um futuro Rei de Inglaterra iria nascer e nas listas dos nomes mais votados nas casas de apostas, George destacava-se. Era o nome com o maior número de apostas, pois seria uma homenagem ao Rei George VI, pai da Rainha.

A 22 de julho de 2013, aquele que foi o dia mais quente do ano, nasce George Alexander Louis. O nascimento do filho mais velho do apaixonado casal, que se tinha casado três anos antes, foi celebrado nas ruas de Londres como um momento de glória nacional, incluindo brindes com champanhe e 21 salvas de tiros de canhão. À saída da maternidade de St. Mary, Kate fez uma alusão à princesa Diana, escolhendo a mesma cor de vestido para apresentar o primeiro filho a todos que os aplaudiam na rua.

Proteger George ao máximo da exposição mediática é o grande objetivo de William e Kate, que pretendem que os filhos tenham uma infância o mais aproximada possível do normal. Passeios no parque com a avó materna e idas à padaria com o pai são algumas das situações em que os britânicos podem encontrar o jovem príncipe, que adora ajudar na cozinha e comer pizza.

O pequeno príncipe e a irmã Charlotte frequentam a Thomas’s Batters, escola situada no centro de Londres e local onde são tratados como qualquer outra criança. A somar ao currículo escolar, George tem aulas de dança todas as semanas, algo que tem em comum com a avó Diana, que em pequena sonhava ser bailarina. Em vida, Diana apaixonou o mundo a dançar com John Travolta numa receção na Casa Branca.

A Austrália e a Nova Zelândia foram as nações escolhidas para a primeira viagem oficial de George ao estrangeiro. Mas não foi apenas fora das fronteiras britânicas que o pequeno príncipe teve a oportunidade de conhecer vários líderes internacionais. A partir do Palácio de Buckingham, uma imagem correu o mundo: o filho de William aparece de pijama e roupão branco a cumprimentar Barack Obama, que estava de visita ao Reino Unido.

 

Estes são os homens que um dia governarão os destinos do Reino Unido, mas por enquanto continuaremos a ouvir no hino inglês a frase “God Save The Queen” (“Que Deus salve a Rainha”).

Brigitte Bardot, uma mulher à frente do seu tempo

Brigitte Bardot, uma mulher à frente do seu tempo

Este slideshow necessita de JavaScript.

Nome maior do cinema francês e mundial, Brigitte Bardot nasceu a 28 de setembro de 1934, num dos bairros mais luxuosos da cidade de Paris. Filha mais velha de um casal da alta burguesia, a infância de Brigitte – que tem uma irmã mais nova que também é atriz – ficou marcada pelas regras rígidas, vestidos caros e uma paixão pelas artes, que lhe foi incutida pela mãe desde sempre. Uma aparente “vida de sonho” que depressa se alterara com o som das botas cardadas das tropas alemãs, tomando conta de França e transformando os parisienses em prisioneiros dentro da sua própria cidade.

Com a Armada Alemã (SS) em Paris e o recolher obrigatório, a jovem Brigitte começou a demonstrar interesse pela dança. Os trabalhos que começou a fazer na área da moda eram conciliados com as aulas do coreógrafo russo Boris Knyazev, no Conservatório de Música e Dança da capital francesa. Com apenas 16 anos, e um olhar brilhante que encantava qualquer um, foi capa da revista Elle. Foi na conhecida publicação francesa, que fez furor nas bancas e que um jovem realizador viu, pela primeira vez, aquela que viria a ser a sua futura mulher e “musa” dos seus trabalhos. Ao ver este ensaio fotográfico, Roger Vadim convidou-a para fazer um casting para um filme que nunca chegou a ser produzido. Mesmo assim, esta oportunidade fez com que a loira de cabelos compridos abandonasse a dança para se dedicar a 100% à representação.

A estreia de Brigitte Bardot no cinema deu-se com o filme “Le Trou Normand” de 1952. Nesse mesmo ano, e à revelia da família, a atriz casou-se com o homem que a apresentou ao mundo onde começava a movimentar-se e a fazer furor. Sensual, feliz e provocadora, três adjetivos que resumiam a jovem estrela que não tremia qual fosse o papel que tinha de desempenhar. Em “Manina, La Fille Sans Voile”, protagonizou, à época, inéditas cenas em biquíni que levaram a uma contenda judicial. Os pais tentaram, sem sucesso, que a película não chegasse as salas de cinema. Este “escândalo” familiar chamou a atenção da imprensa, que acompanhou todos os passos da atriz francesa durante o Festival de Cinema de Cannes. Quer estivesse a deslumbrar na passadeira vermelha, quer a aproveitar as belas praias da Côte d’Azur, havia sempre uma câmara próxima da estrela parisiense que todos os dias fazia manchetes nos jornais.

Quem não se mostrava muito agradado com a forma como Brigitte Bardot estava a ser usada pela indústria era Roger Vadim. Bardot era mais do que uma simples atriz, ela estava talhada para ser uma lenda.

O sucesso internacional de BB chegou com “E Deus Criou a Mulher”, onde representou uma adolescente amoral numa pequena cidade. A cena em que dança salsa, descalça em cima de uma mesa, foi considerada uma das mais eróticas da história do cinema, tendo levado a Legião Católica da Decência a apresentar queixa contra o filme e vários países a censurar a sua exibição. Ainda assim, foi um fenómeno de bilheteira nos Estados Unidos e levou a uma explosão de popularidade, até então nunca vista, numa Hollywood puritana, que tinha como um dos nomes maiores Marilyn Monroe.

Mesmo não tendo feito grande carreira nos Estados Unidos, isto porque os grandes estúdios de cinema achavam muito arriscado apostar numa atriz que não dominava a língua inglesa, a “Bardot Mania” era incontrolável. Charles de Gaulle terá mesmo afirmado que ela era “a exportação francesa mais importante que os carros da Renault”. Brigitte era uma mulher bem à frente do seu tempo e representava uma França libertada dos grilhões de um passado obscuro.

A estrela francesa, que era vista pelos meios de comunicação como uma bombshell glamorosa, começava a ganhar os aplausos da crítica especializada, que a reconhecia cada vez mais como uma atriz de mérito, muito para além do rosto perfeito. No drama de tribunal “A Verdade”, que ganhou o Globo de Ouro para melhor filme estrangeiro, demonstrou toda a sua profundidade interpretativa. Este papel levou-a ao patamar seguinte: ao lado de Marcello Mastroianni, nome incontornável do cinema italiano, em “Vida Privada”, filme que tem todos os ingredientes para ser uma autobiografia da celebridade francesa, que tanto se queixava do assédio da imprensa e decide, então, deixar tudo para se focar na família.

Para fugir dos holofotes, Brigitte e o filho, Nicolas-Jacques Charrier (fruto da relação com o também ator Jacques Charrier), mudaram-se para a mansão La Madrague, em Saint-Tropez. A sua mudança para esta região ajudou a popularizar a pacata estância balnear francesa no mundo. Foi para demonstrar o seu “amor” por este bucólico refúgio que se lançou na música. Dezenas de discos e cinquenta filmes depois, o ícone fashion emitiu um comunicado surpreendente que deixou todos os seus seguidores e a imprensa internacional em choque.

Em 1973, pouco antes de alcançar os 40 anos, Brigitte Bardot anunciou que ia abandonar, para surpresa de todos, o cinema. Optando por uma saída que apelidou como sendo “elegante”, a estrela francesa recusou dezenas de convites para voltar a representar e ao longo dos anos tem negado propostas e proibido a realização de filmes a sobre sua vida.

Já após o abandono dos palcos, em 1985, foi premiada com a Legião de Honra Francesa por tudo o que fez ao longo da carreira para dinamizar o cinema francês, e o país, que teve na loira a sua maior embaixadora. Só que Bardot recusou esta distinção para surpresa de todos. A sua vida já não passava por ali.

De volta a La Madrague, a vegetariana convicta abraçou a vertente de ativista ao criar a Fundação Brigitte Bardot. Esta instituição, reconhecida pelo governo francês como sendo de utilidade pública, apoia a causa animal, tendo em Dalai Lama um dos seus membros mais conhecidos. A estrela francesa liderou campanhas contra a caça das baleias no Canadá, as experiências em laboratório com animais ou o uso de casacos de pele verdadeira.

Já a política sempre foi muito cara a BB, que foi retratada como “Marianne” – símbolo da república francesa. Só que muitas das opiniões apresentadas por Bardot ao longo dos anos, consideradas conservadoras, já lhe trouxeram alguns dissabores. No seu livro autobiográfico, lançado em 1996, fez uma crítica aberta ao crescente islamismo de França. A opinião sobre a emigração de cidadãos árabes, já lhe custou inúmeros processos (foi condenada a pagar 5 000 euros em multas). A juntar a estas declarações, Bardot foi uma das vozes indignadas com o movimento “Me Too” e demonstrou, através do Twitter, o seu apoio aos coletes amarelos. A sucessão de escândalos tem contribuído para a crescente perda da popularidade alcançada com a carreira construída no cinema, bem como a de ativista a favor dos animais.

Atualmente, a diva do cinema francês, que é considerada uma das dez mais belas atrizes da história da sétima arte, raramente aparece em público. Os seus dias são passados na calma das ondas do mar que beijam o seu refúgio dourado de Saint-Tropez. Bardot pode não ser a mesma que vimos em “E Deus Criou a Mulher”, mas o espírito crítico, o amor pelos animais e pelo marido Bernard D’Ormale (conselheiro político de Jean-Marie Le Pen), continuam os mesmos.