Cláudia Cardinale

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Ícone de beleza e uma das grandes divas dos anos 60 e 70, Cláudia Cardinale, com 82 anos, iniciou o seu percurso na Tunísia mas foi sob a bandeira tricolor que alcançou o estre­lato e o reconhecimento como uma das grandes actrizes da idade de ouro do cinema europeu. Ao lado de nomes como Brigitte Bardo ou Sophia Loren, Cláudia Cardinale foi con­siderada uma das 50 mulheres mais bonitas da história do cinema mundial.

Cláudia Cardinale nasceu a 15 de Abril de 1938 no bairro de La Goulette, em Tunes (capital da Tunísia). Descendente de franceses e emigrantes sicilianos, que escolheram o então protetorado francês no norte de África para residirem, a pe­quena Claude nasceu num berço modesto.

Aqueles que a conheceram em criança descrevem-na como tranquila, um espírito livre que falava francês e árabe com os colegas da escola e que brincava alegremente nas ruas solarengas, bem longe do luxo e elegância que iria conhecer décadas depois. O siciliano era apenas uma recordação da longínqua terra dos seus pais.

Com apenas 18 anos, Cláudia era dona de uma beleza medi­terrânea única. Os seus olhos e cabelos negros fizeram com que ganhasse o concurso; A Mais Linda Rapariga Italiana na Tunísia. A sua participação nesta competição de beleza ocorreu por um mero acaso, já que tinha ido até a embaixa­da. com a mãe e quando deu por si tinha sido coroada a mais bela italiana a viver neste país do norte de África.

O acaso marcou sempre a vida e a carreira da jovem que viajou até ao festival de cinema de Veneza. Foi na cidade dos mil canais que enfrentou pela primeira vez a imprensa com o seu biquíni e hidajb típico, algo que chamou a atenção a todos, inclusive o produtor Franco Cristaldi, que procurava uma nova musa. Os convites para fazer cinema apareceram quase de imediato mas a representação não era o seu objetivo de vida principal. Esta paixão começou aos poucos e levou a que se muda-se em definitivo para Itália.

O sonho de Cláudia Cardinale tornou-a numa das mulheres mais conhecida Europa. A futura professora Claude deu ori­gem a actriz Cláudia, nome que iria fazer sonhar várias ge­rações. A tunisina de origem italiana e francesa acabou por seguir os mesmos passos de um dos nomes que mais marcou a sua adolescência, Brigitte Bardot. Aliás, Cardinale era vista por muitos como a resposta italiana ao fenómeno de elegân­cia protagonizado por BB.

Depois de ter deixado para trás terras africanas, Cláudia Car­dinale estudou artes dramáticas no Centro Experimental de Roma. O conto de fadas de Cardinale no grande ecrã começou ainda em 1958, com o seu primeiro sucesso na comédia I So­liti Ignoti. A jovem actriz, que era considerada por vários reali­zadores como a típica mulher siciliana, começou a sua carrei­ra enquanto outro grande nome vindo de terras transalpinas, Sophia Loren, transformava-se numa estrela internacional e na mulher mais conhecida do país.

A fama de Cláudia Cardinale chegou com filmes como O Leo­pardo; Rocco e os seus irmãos; onde teve a oportunidade de trabalhar com os mestres Federico Fellini e Luchino Visconti, os dois maiores realizadores do cinema italiano. Junto a eles, a namorada de Itália ganhou asas e eternizou o mistério que a rodeia esta efusiva atriz de voz rouca, jovial e sensual.

Sempre bem-humorada, Cardinale continua presente no ima­ginário colectivo de todos aqueles que viram as suas fasci­nantes personagens cheias de alma e coragem. Ao longo dos anos foi prostituta, santa ou uma romântica incurável. Mil mulheres no rosto de uma. No filme de Fellini, alcançou o estatuto de um dos maiores sex-symbols europeus, isto sem nunca recorrer a nudez. Com Fellini, que a via como a sua diva e com quem reaprendeu a conhecer-se, interpretou-se a si própria. Sem qualquer tipo de rodeios, foi o objecto da pai­xão e do desejo de Marcello Mastroianni. A dupla que fez com o galã italiano de sorriso irresistível arrancou os suspiros de todos. Esta interpretação fez com que as portas de Hollywood se abrissem. Na Meca do cinema foi alvo da atenção amorosa de alguns dos homens mais charmosos da época.

O reconhecimento internacional chegou com o clássico A Pantera cor-de-rosa; de Blake Edwards, protagonizado por David Niven. O britânico descrevia a sua colega de elenco como uma das melhores invenções italianas. Ao longo dos anos participou por mais duas vezes neste franchise cómico. Os figurinos usados por Cláudia Cardinale catapultaram-na ao papel de musa fashion. Nina Ricci, Roberto Capucci, Renato Balestra, Emilio Schuberth e Irene Galitzine foram alguns dos estilistas que vestiram a actriz que se destacou em géneros tão distintos como a comédia, o drama ou o western épico. Em Era uma vez no Oeste;, do realizador Sérgio Leone, foi elogiada pelo papel de uma ex-prostituta que se torna a principal rival, e interesse romântico, de Frank (Henry Fonda). Neste filme de­monstrou ser muito mais do que uma mulher bonita mas sim uma actriz de método. Inconformada por natureza e cansada com a sempre difícil indústria cinematográfica de Hollywood que a olhava como uma simples femme fatale, a italiana de­cidiu voltar para a Europa e para junto da sua família, um dos seus principais pilares.

Com 151 filmes e séries no seu currículo, e após uma breve passagem pelos Estados Unidos, estrelou várias películas dirigidas especialmente para o mercado italia­no e francófono. Em 1971, em As Petroleiras, dividiu o ecrã com a atriz que marcou a sua juventude e de quem ficou amiga, Brigitte Bardot. Ao lado da francesa prota­gonizou este western spaghetti sobre duas irmãs que voltavam à terra.

Cláudia Cardinale têm dois filhos: Patrick Cristaldi (fru­to de um violador desconhecido o que a levou a apre­sentar a criança durante muitos anos como seu irmão mais novo) e Cláudia, filha do diretor de cinema Pasquale Squitieri, com quem viveu mais de quatro décadas até a sua morte, em 2017.

Com uma carreira reconhecida internacionalmente pelas suas prestações únicas, a lendária actriz italiana ganhou alguns dos maiores prémios do cinema europeu, como é o caso do Urso de Ouro Honorário do Festival de Berlim ou o Leão de Ouro do Festival de Veneza. Em Portugal, a musa de Federico Fellini foi reconhecida com o Prémio Carreira do Festival Internacional de Cinema do Funchal. Vista como liberal e sempre interventiva em relação aos direitos das mulheres e dos gays, aqueles que não têm voz, Cláudia Cardinale é uma das embaixadoras da boa vontade da UNESCO e é uma ativista ecológica assumi­da. O tempo não pára para a inesquecível diva do cinema da idade do ouro. A lendária italiana aceita a sua idade com a compreensão e placidez de quem viveu uma vida inesquecível. Actualmente a viver em França, continua a trabalhar, especialmente com jovens realizadores em início de carreira.

Alain Delon, o galã de voz de anjo

Alain Delon, o galã de voz de anjo

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Alain Delon nasceu na pequena comuna de Sceaux, próxima de Paris, a 8 de novembro de 1935 (sete anos antes da invasão de França por parte da Alemanha Nazi). Os primeiros anos de vida foram conturbados. Primeiro com o divórcio dos pais, depois com a trágica morte do casal que o educou. O reencontro do jovem Alain com a mãe, Edith, que, entretanto, casara novamente, aconteceu anos mais tarde, mas não impediu a infância problemática, caracterizada por um comportamento errático, que levou a que fosse expulso de inúmeras escolas e que deixasse de estudar com apenas 15 anos.

Sem rumo certo, alistou-se na Marinha aos 17 anos. O cadete Delon partiu para a Indochina para ajudar a defender esta parte do império colonial francês no Oriente.

De volta a França, depois de concluída a sua passagem pela Marinha em 1956, Alain Delon mudou-se com os seus parcos haveres para a grande cidade de Paris. Numa das mais efervescentes capitais culturais da Europa, que aos poucos voltava a ganhar o brilho dos anos anteriores à guerra, dividiu-se por múltiplos trabalhos. Foi porteiro, garçom e vendedor.

Na “cidade das luzes” foi vizinho da cantora Dalida, com quem teve um relacionamento fugaz que acabou por se tornar numa sólida amizade. Foram as mulheres que conheceu neste período que o incentivaram a seguir uma carreira como ator, mas foi graças a um convite feito por Jean-Claude Brialy, membro da nouvelle vague, que fez a viagem que ia mudar a sua vida. Pela primeira vez, de muitas, pisou a passadeira vermelha do mítico Festival de Cinema de Cannes. Com uma beleza estonteante, Alain Delon fez furor em Cannes e recebeu um convite do realizador e produtor americano David O. Selznick, que o considerou uma estrela em ascensão. Mudou-se para os Estados Unidos, onde aprendeu a falar inglês.

De volta a Paris, e com o objetivo de se transformar na grande próxima estrela do cinema francês, Delon começou uma carreira de sucesso. Estreou-se com o filme “Uma tal Condessa”, de 1957, onde dava vida a um assassino a soldo de pontaria afinada e olhar penetrante. Estas características foram as impulsionadoras de uma popularidade em crescendo, só comparada com a de outra estrela francesa bem conhecida, Brigitte Bardot.

No ano seguinte, o galã francês contracenou com Romy Schneider em “Christine” e a química no grande ecrã passou para a vida real. Durante cinco anos, formaram um casal apaixonante que fazia as alegrias da imprensa e dos fãs. Neste período, o conhecido ator protagonizou “Plein Soleil”, película baseada no livro “The Talented Mr. Ripley”. Os penetrantes olhos cinzentos de Delon, na altura com 25 anos, fizeram com que se tornasse no assassino mais sedutor do cinema europeu.

Durante 51 anos de carreira, Alain Delon protagonizou inúmeros sucessos e construiu parcerias bem proveitosas, como a que teve Luchino Visconti. Foi sob a lente do realizador italiano que alcançou o ouro em Cannes e uma indicação ao Globo de Ouro com “O Leopardo”, filme onde o galã, com ar de durão, cimentou o lugar como um dos mais proeminentes atores europeus. O charme exibido no grande ecrã, acompanhado de uma aura de mistério que se adensava com a recusa de representar papéis em inglês, fez com que fosse considerado um sex symbol dos anos 60 e 70 do século XX.

Mas aquele que é considerado um dos homens mais bonitos de França, sempre quis ser visto para além do seu físico. Ator talentoso, também fez sucesso no mundo da música. Foi ao lado de Dalida que demonstrou os seus dotes vocais no tema “Paroles, Paroles”, um sucesso nas tabelas musicais em 1973.

Alain Delon também protagonizou inúmeras campanhas publicitárias, emprestando cara e nome a marcas de roupa, perfumes, óculos e cigarros. Mesmo tendo abandonado o cinema na década de 90, continua a ser um dos nomes mais reconhecidos e admirados da sétima arte francesa. Aliás, durante cerca de 30 anos, foi o ator mais bem pago do seu país.

Homem de vários amores, e de alguns escândalos, durante o período em que esteve casado com Nathalie Delon, sua primeira mulher, foi associado ao homicídio de um dos guarda-costas do casal. Na altura, a imprensa escreveu muito sobre este caso e as investigações policiais pareciam apontar para o envolvimento de Delon, mas também de outras personalidades da época, como o presidente francês Georges Pompidou. À época, várias figuras foram interrogadas pela polícia, mas as autoridades nunca conseguiram terminar a investigação, que conheceu várias teses. Esta morte, nunca deslindada, continua a ser um dos mitos urbanos que envolve o nome do galã. Em 2018 viu o seu nome novamente manchado, desta vez por alegados maus-tratos à mãe dos seus dois filhos mais velhos. Alain negou veementemente as acusações de que foi alvo e não temeu admitir que pensou em suicidar-se após a separação de Nathalie Delon.

Em Cannes, quando recebeu a Palma de Ouro Honorária das mãos da filha Anouchka que, tal como o pai, é atriz, a lenda francesa relembrou com lágrimas nos olhos, uma carreira repleta de sucessos. Meses mais tarde, Delon sofreu um AVC do qual se encontra a recuperar. Figura incontornável do cinema europeu, e um dos franceses mais reconhecidos no mundo, Alain Delon vive atualmente na Suíça, junto da família.

 

Sweet Margarita

Sweet Margarita

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Desde tenra idade que ela faz de Portugal a sua casa. Foi em terras lusas que aprendeu a amabilidade de bem receber e foi onde Margarita Pugovka se iniciou no mundo da Moda, ao ser abordada num processo de scouting. Desde então, tem fotografado para os principais nomes da imprensa nacional, desfilado para criadores de renome e figurado campanhas publicitárias com destaque internacional. Da alta-costura à alta-doçaria, Margarita é também uma Chef de pastelaria com cada vez mais notoriedade no mercado da culinária.

Apanhar borboletas, trepar às árvores e esconder-se nos campos dos avós na Letónia, onde nasceu e cresceu até aos 8 anos, são algumas das memórias que Margarita Pugovka guarda da sua infância. Sem saber, já naquele tempo apreciava uma das áreas que, mais tarde, viria a ser uma das suas paixões, à qual dedica parte da sua vida profissional atualmente: a culinária. Interessava-se pelos produtos frescos e relembra o cheiro a comida que crescia e se espalhava pela casa dos avós, o cheiro que abraça o estômago e nos transporta para o conforto do lar.

Carregada de boas memórias, mudou-se para Portugal quando os pais decidiram emigrar para terras lusas. Relembra que foi por cá a primeira vez que viu laranjas a crescer na rua e que foi quando aprendeu a receber a afabilidade das pessoas.

Entre a sua chegada a Portugal e a entrada no mundo da Moda, a distância temporal foi curta. Aos 15 anos, foi desafiada pela agência Central Models, para entrar num concurso. Acabou por vencer e a partir daí soma presenças em desfiles e campanhas publicitárias a nível nacional e internacional.

Com o passaporte carimbado, figurou uma campanha mundial para a Marc Jacobs, conheceu novas culturas, contactou com criativos de diferentes nacionalidades, degustou as diferentes gastronomias do mundo e começou a mergulhar e combinar as duas áreas que tanto a apaixonam.

Recebida a desenvoltura que o mundo da Moda acarreta, Margarita decidiu começar a planear e desenvolver a sua expertise, numa área paralela à da Moda. Desta forma, como percebeu que a culinária já estava no seu percurso desde cedo, e que continuava a ser onde desenvolvia a sua criatividade, decidiu apostar na sua formação.

Juntou-se a gula à vontade de querer inventar algo único e nasceu a aposta de Margarita na pastelaria. Entrou na edição portuguesa do concurso MasterChef e terminou num honroso terceiro lugar. Desde então, tem investido na doçaria, estagiou na pastelaria Ladurée e, atualmente, encontra-se, por convite de um conhecido grupo hoteleiro, a desenvolver a sua arte na Madeira.

Hoje, da Moda e doçaria, fica o desejo de Margarita de desenvolver uma sobremesa em conjunto com um stylist de Moda, onde a criatividade das texturas e tecidos transcenderá o limite visual e vai incorporar os domínios do paladar e da degustação.

 

Fotos do portfólio da Margarita gentilmente cedidas pela Central Models

7ª Edição dos Prémios E! Red Carpet

7ª Edição dos Prémios E! Red Carpet

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Lisboa voltou a encher-se de brilho para receber o maior evento do Canal E! em Portugal. A cerimónia de entrega dos Prémios E! Red Carpet 2020 contou com a presença de Lee Raftery – Diretor-geral da EMEA da NBC Universal International Networks) – e com a atuação da cantora lírica Liza Veiga. Os vencedores foram anunciados numa passadeira vermelha, repleta de estrelas, pelo ator Ricardo Carriço.

 

E os premiados de 2020 foram:

 

  • E! Revelação – Isabela Valadeiro;
  • E! Influencer – Ana Rita Clara;
  • ECarreira – Eunice Muñoz;
  • EMúsica – Mary N;
  • E! Icon – Leonor Borges;
  • E! Red Carpet Homem – Paulo Pires;
  • ERed Carpet Mulher – Cristina Ferreira;

 

Desde 2014 que os Prémios E! Red Carpet celebram o melhor da cultura pop portuguesa. Os jurados desta 7ª edição foram Conceição Queiroz, João Rolo, Luís Represas, Manuela Couto, Nuno Gama e Raquel Prates. A edição deste ano ficou ainda marcada por diversas novidades, entre elas, o E! Icon, um novo prémio concedido pelo público, através de uma votação online.

Grammys 2020: os looks e a noite de Billie Eilish

Grammys 2020: os looks e a noite de Billie Eilish

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A 26º Gala dos Grammys, o principal prémio referente à música, decorreu no dia 26 de janeiro em Los Angeles, Estados Unidos da América, e teve uma vencedora histórica a jogar em casa: Billie Eilish. A cantora saiu da cerimónia com seis prémios, tornando-se na mais jovem artista de sempre a vencer nas cinco principais categorias dos galardões americanos: Artista Revelação, Álbum do Ano, Canção do Ano, Gravação do Ano e Melhor Álbum de Pop Vocal. Não se pode dizer que tenha sido um desfecho surpreendente, já que a cantora de apenas 18 anos, era a grande favorita. Outro facto curioso é que o irmão, Finneas O’Connell, venceu na categoria de Melhor Produtor do Ano, em parte, derivado ao trabalho que desenvolveu com a irmã.

Repleta das principais figuras da música mundial, a passadeira foi, como sempre, um dos destaques da noite, onde os artistas brilharam na cidade das estrelas, com outfits variados, dos mais clássicos, como o de Ariana Grande, aos mais exuberantes, como o de Billie Eilish. Uma mistura de contrastes entre as duas estrelas da Pop, também musicalmente, tendo em conta que Eilish e Grande estiveram em competição direta, com Ariana a ser uma das grandes derrotadas da noite. Quanto aos looks masculinos, John Legend e Dj Kahled destacaram-se pelos visuais formais e elegantes, enquanto o cantor Usher se distinguiu pelas roupas informais e desportivas, com o toque vibrante de um casaco de padrões arrojados.

As performances da noite ficaram a cargo de Sheila E. FKA Twigs e Usher, que homenagearam Prince, Camilla Cabello, Billie Eilish, Ariana Grande e os veteranos Aerosmith, que trouxeram o rock para o Staples Center. A cerimónia ficou ainda marcada pela notícia dramática da morte de Kobe Bryant, o jogador de basquetebol que, curiosamente, foi a grande estrela daquele pavilhão durante 20 anos. O acontecimento mereceu um momento de silêncio, seguido das palavras de Alicia Keys e de um aplauso das todas as gerações da plateia.

 

Vencedores

Álbum do ano

“When we all fall asleep, where do we go?” (Billie Eilish)

“I, I” (Bon Iver)
“Norman f***ing Rockwell!” (Lana Del Rey)
“I used to know her” (H.E.R.)
“7” (Lil Nas X)
“Cuz I love you” (Lizzo)
“Father of the bride” (Vampire Weekend)

Gravação do ano

 “Bad guy” (Billie Eilish)

“Hey, ma” (Bon Iver)
“7 Rings” (Ariana Grande)
“Hard place” (H.E.R.)
“Talk” (Khalid)
“Old town road” (Lil Nas X e Billy Ray Cyrus)
“Truth hurts” (Lizzo)
“Sunflower” (Post Malone e Swae Lee)

Canção do ano

“Bad guy” (Billie Eilish)

“Always remember us this way” (Lady Gaga)
“Bring my flowers now” (Tanya Tucker)
“Hard place” (H.E.R.)
“Lover” (Taylor Swift)
“Norman f***ing Rockwell!” (Lana Del Rey)
“Someone you loved” (Lewis Capaldi)
“Truth hurts” (Lizzo)

Revelação

Billie Eilish

Black Pumas
Lil Nas X
Lizzo
Maggie Rogers
Rosalía
Tank and the Bangas
Yola

Melhor performance solo pop

“Truth hurts” (Lizzo)

Melhor performance pop em duo/grupo

“Old town road” (Lil Nas X e Billy Ray Cyrus)

Melhor álbum pop vocal tradicional

“Look now” (Elvis Costello & The Imposters)

Melhor álbum pop vocal

“When we all fall asleep, where do we go?” (Billie Eilish)

Melhor gravação dance

“Got to keep on” (The Chemical Brothers)

Melhor álbum dance/eletrônico

“No geography” (The Chemical Brothers)

Melhor álbum instrumental contemporâneo

“Mettavolution” (Rodrigo Y Gabriela)

Melhor performance rock

“This land” (Gary Clark Jr.)

Melhor performance metal

“7empest” (Tool)

Melhor canção rock

“This land” (Gary Clark Jr.)

Melhor álbum rock

“Social cues” (Cage the Elephant)

Melhor álbum de música alternativa

“Father of the bride” (Vampire Weekend)

Melhor performance r&b

“Come home” (Anderson. Paak com André 3000)

Melhor canção r&b

“Say so” (PJ Morton com JoJo)

Melhor álbum urbano contemporâneo

“Cuz I love you” (Lizzo)

Melhor álbum r&b

“Ventura” (Anderson. Paak)

Melhor álbum rap

“IGOR” (Tyler, The Creator)

Eles&Elas 306- Vejo-te em Macau

108 Mercedes (pub)

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PARA VISITAR

Os que conheciam Macau há 10, 20 ou ainda há mais anos, vão encontrar uma cidade transformada num tempo recorde, mas ainda com todos os ingredientes que faziam e fazem dela um sítio único na China e no Extremo Oriente, porém acrescido de muitas novidades em termos de hotelaria, gastronomia, entretenimento e eventos. Os turistas de “primeira viagem” vão dispersar-se e ir ao encontro da emblemática fachada das Ruínas de São Paulo, do Templo de A-Má, do entretenimento 24/7, do paraíso de compras e de muitos outros pontos de interesse.
Um passeio pelo “Centro Histórico de Macau”, classificado como Património Mundial da UNESCO desde 2005, é sempre uma aposta ganha por evidenciar as marcas da centenária presença portuguesa, desde meados do século XVI, lado a lado com as manifestações da cultura local chinesa. Inclui elementos únicos de fusão, resultado da convivência íntima e prolongada de duas culturas distintas.
1. Mega ponte entre Hongkong, Macau e Zhuhai; 2. Elementos de fusão na fachada das Ruínas de São Paulo; 3. Largo do Senado; 4. Grande escadaria das Ruínas de São Paulo; 5. Templo de A-Má; 6. Macau visto a partir da Avenida da República;

 

 

PARA COMER

“Fusão” também é uma palavra-chave quando se fala de gastronomia em Macau, já que a culinária macaense pode ser considerada como uma das mais antigas cozinhas de fusão, combinando especiarias e ingredientes de África, Sudeste Asiático e Índia – como por exemplo caril, leite de coco e canela – usando técnicas de confecção chinesas. Pratos emblemáticos com nomes curiosos, como “Minchi”, “Tacho” e “Porco Bafá-assá”, não esquecendo as sobremesas “Batatada” e “Bebinca de Leite”, são algumas das sugestões para lhe abrir o apetite!
Todavia, Macau é hoje um dos destinos gastronómicos mais famosos na Ásia, fruto da sua sofisticação e excelência. Prova disso são os impressionantes 19 restaurantes, de vários tipos de cozinhas, galardoados com estrelas Michelin, de acordo com a seguinte distribuição: 3 restaurantes com 3 estrelas, 5 com 2 e 11 com 1 estrela Michelin. O mesmo guia distingue ainda 9 restaurantes locais, incluindo estabelecimentos de rua, com o título “Bib Gourmand”, por oferecerem menus de qualidade e iguarias típicas, a preços muito acessíveis. Em reconhecimento da singularidade, diversidade e qualidade da sua gastronomia, Macau passou a integrar a Rede de Cidades Criativas da UNESCO na área da Gastronomia em 2017.
“Fusão” também é uma palavra-chave quando se fala de gastronomia em Macau, já que a culinária macaense pode ser considerada como uma das mais antigas cozinhas de fusão, combinando especiarias e ingredientes de África, Sudeste Asiático e Índia – como por exemplo caril, leite de coco e canela – usando técnicas de confecção chinesas. Pratos emblemáticos com nomes curiosos, como “Minchi”, “Tacho” e “Porco Bafá-assá”, não esquecendo as sobremesas “Batatada” e “Bebinca de Leite”, são algumas das sugestões para lhe abrir o apetite!
Todavia, Macau é hoje um dos destinos gastronómicos mais famosos na Ásia, fruto da sua sofisticação e excelência. Prova disso são os impressionantes 19 restaurantes, de vários tipos de cozinhas, galardoados com estrelas Michelin, de acordo com a seguinte distribuição: 3 restaurantes com 3 estrelas, 5 com 2 e 11 com 1 estrela Michelin. O mesmo guia distingue ainda 9 restaurantes locais, incluindo estabelecimentos de rua, com o título “Bib Gourmand”, por oferecerem menus de qualidade e iguarias típicas, a preços muito acessíveis. Em reconhecimento da singularidade, diversidade e qualidade da sua gastronomia, Macau passou a integrar a Rede de Cidades Criativas da UNESCO na área da Gastronomia em 2017.
1. & 2. Exemplos de culinária chinesa; 3. Cozinha macaense (de fusão);
4. Minchi; 5. Tacho.

 

PARA DORMIR E DESCOBRIR

A oferta da “boa cama” não fica em nada atrás da “boa mesa”: na orla sul da península de Macau, na ilha da Taipa e na área do Cotai – um aterro unindo as antigas ilhas da Taipa e Coloane – existem grandes hotéis e resorts internacionalmente conhecidos, fazendo jus à designação de Macau como um centro mundial de turismo e de lazer. É sobretudo neles que se encontram os grandes centros comerciais, com as mais conhecidas marcas de luxo. Contudo, quem estiver à procura de arte e móveis orientais, porcelanas, bibelots e antiguidades chinesas, ou simplesmente mercados de rua, onde regatear continua a ser a regra, encontrá-los-á em diversas zonas tradicionais de Macau.
1. Resorts na área do Cotai, em Macau; 2. Macau visto a partir da ilha da Taipa; 3. Desfile Internacional de Macau; 4. Exposição Arte Macau – Jardim das Delícias Terrenas; 5. Festival de Luz de Macau.
Entre os muitos eventos a decorrer em Macau ao longo do ano, destaca-se uma nova iniciativa, fruto da cooperação entre o sector público e privado, conhecida por “Arte Macau”. Este mega evento é como uma festa contínua de arte e cultura, que estará patente até Outubro. Inclui exposições e instalações de artistas internacionais um pouco por toda a cidade, mas especialmente nos grandes resorts, para além de música, teatro e dança. Com o calor e a humidade a fazerem-se sentir em pleno Verão, os visitantes podem refrescar-se, mergulhando nas obras de arte nos espaços climatizados dos grandes hotéis e, ao mesmo tempo, conhecer as particularidades dos espaços públicos de cada um. Valem uma visita por si mesmos, pela sua opulência e design frequentemente arrojado.
Para quem já não chegar a tempo de usufruir do Arte Macau, existem muitas outras opções de eventos únicos e excitantes até ao final do ano, tais como o Grande Prémio de Macau, o Festival de Gastronomia de Macau, o Festival de Luz, o Festival Internacional
de Cinema e Cerimónia de Entrega de Prémios Macau, ou mesmo o Desfile Internacional de Macau, terminando o ano com o Natal e a Passagem de Ano com o seu magnífico fogo-de-artifício.
No dia 25 Janeiro de 2020 terá lugar a maior festa da cultura chinesa, o Ano Novo Chinês, e o rato sucederá ao porco no zodíaco chinês. Qualquer que seja o animal, mítico como o dragão ou real como o rato, Macau continuará a receber cordialmente visitantes dos quatro cantos do mundo.

Eles&Elas305- O TEMPO VOLTA PARA TRÁS NO FIM DE 2018

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Uma nova Agenda é um ”livro” essencial para o nosso dia-a-dia. Chega o tempo de olhar para o futuro como um assunto sério e fazer algumas previsões. Acaba um ano e que fazer com a agenda que agora encerrou? Eu guardo as agendas há muitos anos e gosto de as ter numa caixa, nem sei para quê. Com a chegada da Internet mudou tudo mas os tempos normais devagarinho voltam para trás e eu não prescindo da minha agenda na carteira…. e o computador não faz muita concorrência nalguns registos. Os projectos, o dinheiro, as coisas que nos pedem e os imprevistos irão preenchê-la com mais um ano de vida. Não há teorias nem abstracções. A Agenda no princípio do ano é um a companhia séria que nos propõe linhas orientadoras que nos fazem pensar em aspectos da nossa vida e talvez formatá-la e criar alguns projectos. Há que encontrar uma direcção e tomar atitudes.

Em Janeiro do ano passado tive almoços com bons amigos, a Gisela, a Filomena, Miguel Nunes, Carmo. Fui ao programa da TVI em conversa com o Goucha. Fui a médicos vários fazer o check ups, jantares no Grémio Literário e consultei a SPA. Recuperei um pequeno gravador que me apoia como registo de ideias, de projectos. Foi um mês marcante e também uma amostra de como os tempos mudam e mudam-se as
vontades. Em Fevereiro tive na Universidade Lusófona, um belo cerimonial de atribuição dum prémio ao
grande poeta italiano Corrado Calabró que ama Portugal e lançou um livro de poesias traduzido na nossa língua. Foi um sucesso e de seguida o Embaixador de Itália em Portugal convidou-nos para um jantar de homenagem ao poeta naquele maravilhoso espaço, Palácio Pombeiro, que é a belíssima Embaixada em Lisboa e a gastronomia não podia ser mais requintada. Um dia depois partia eu para o Porto para os anos da minha cara amiga Maria Augusta Osório de Castro já de há muito conhecida pelas grandiosas celebrações de aniversário com convidados de todo o País. A arte de receber no Porto, é notável. Desta vez a festa foi no Club de Leça.

De regresso a Lisboa tive um almoço no Ritz com o editor Jaime Cancela de Abreu para preparar um novo livro que veio a ser lançado e do qual falarei e recomendarei. Fui aos anos da minha queridíssima amiga Leonor Stau Monteiro, numa das casas mais belas e acolhedoras desta cidade, mal sabíamos que dentro de pouco tempo ela nos deixaria. Não a esquecerei pela sua bondade e beleza. Continua a fazer-nos falta. Poucos tempos depois ainda neste mês o grande intelectual da nossa cultura, Pedro Passos Canavarro lançava um livro no Museu de Arte Antiga, muito concorrido. Belíssima ideia esta. Adorei. Entretanto almocei num grande restaurante do Chiado com a minha amiga Clementina Paiva, interessantíssima
personalidade. Como às 3as feiras houve mais um chá delicioso no Grémio organizado tradicionalmente pela Palmirinha Fino. Muito divertido, com mulheres mais velhas e apreciáveis. E no fim de semana partimos para uma grande quinta na Lousada a convite do primo José Fortes da Gama, na simpática companhia do casal Poças Pereira. Foi uma animação memorável. E no fim de Fevereiro estivemos presentes na inauguração da BTL. Valeu a pena.

O Turismo português não pára. E com o tempo a passar acumulam-se as memórias de agradáveis al-moços em casa da família Vilela, em Cascais, com a querida Galerista Ana Dâmaso e muitos são os jan-tares sociais e culturais no Grémio Literário. Até que chegam as razões para as grandes viagens, como Nova York onde se matam saudades com a família mais chegada e amigos queridos e de notáveis car-gos culturais. Regressando a Lisboa, lá vou eu para o Algarve dar as aulas as minhas queridas alunas da Hopelanda que a Patricia Dominguês criou com sucesso há tantos anos. E estacionada em Lisboa mandou a Agenda idas à Embaixada de Itália, Co-cktails na Cordoaria com arte, a maravilhosa festa dos 80 anos da Madadena Bras Teixeira no Palácio Fronteira , jantares no Gremio, Lanches com a família no Hotel do Chiado, jantares com amigos como a Cle-mentina Paiva, o Mário Chiapetto, almoços na Garrett em Cascais com bons amigos e a bela viagem com a família d’Orey em peso a Berlim, visitando a casa do seu famoso antepassado da Prússia. Mais jantares a convite do Patrick Degryse, presidente do American Club. Desfiles de moda no El Corte Inglês a convite da amiga Susana Santos. E mais idas ao jardim do Gremio e as belas sardinhadas. Muitas foram as vi-sitas culturais ao Museu de Arte Antiga e ao Palacio da Ajuda, cujos directores são extraordinários. Mais umas idas às televisões por motivos de trabalho para falar do meu novo livro, TVI Você na TV, à Record e a outros canais e blogs curiosos. Dias Nacionais de Luxemburgo, Turquia, Japão, não podiam falhar. E mais almoços em Cascais com queridas amigas e a grande festa de 80 anos da Ana Maria Caetano que foi estrondosa, no Palacio da Cruz Vermelha onde nem Marcelo falhou. Cocktails no Farol Hotel cuja anfitriã Ana Maria Tavares recebe maravilhosamen-te ali mesmo à beira mar. Tambem convidei para uns jantarinhos simpáticos alguns grandes amigos e lá viajámos desta vez para Madrid onde os Museus e Palácios nos solicitaram.

De regresso foi o tempo dos convites para casamen-tos. Festas de sonho como o da Gabriela Faria de Oliveira, e outro estrondoso casamento de um impor-tante amiga angolana que escolheu o Palácio do Be-ato e de vários outros sobrinhos, festas magnificas e memoráveis sem deixar de referir um muito especial da minha amiga Margarida Ruas, em Colares. Foi um esplendor. E o Miguel Freitas da Costa celebrou um linda festa dos 50 anos de casados no jardim Palacio da Ajuda. E o Jantar de anos do Salvador Correia de Sá, a exposição da grande artista Leonor Asseca. E os diversos jantares de despedida do casal Hiroaki Sano que lá partiram para Tóquio , que saudades. Mais um aniversário do António Ponces de Carvalho, umas idas à habitual Moda Lisboa que nunca perco, os almoços da Filomena Soares na paradisíaca casa de Porto Covo, e o desfile de Fátima Lopes no Hotel Pestana Palace que foi um estrondo. Jaime Cancela de Abreu, editor da Prime Books propôs o lançamento do meu livro mais recente EDUCAÇÃO QUEQUE que teve alem desta belíssima apresentação no Grémio, uma outra na tradicional Bertrand do Chiado. Surgiu a ideia de oferecer os ganhos deste meu livro a Fun-dação UFFI da Elena Ravano Calheiros para apoio a uma importante causa: investigação para a cura da doença de surgiu nas suas duas amorosas filhinhas, a Ictiosis. Ela muito agradeceu e eu pessoalmente ainda mais pois fazer um livro dá muito trabalho e destiná-lo a uma causa que não sejam os lucros, fe-z-me bem ao coração. Entretanto conclui um outro livro que laçarei em breve com a querida Filomena Soares “Wedding Planner e Protocolo”. E também fui à bela festa no Casino do Estoril da Clinica Milénio, fui ao Jantar dos Conjurados onde conheci novos amigos , fui a Sopas Solidárias, aceitei o convite da Fundação Ricardo Espirito Santo ver belíssimos tra-balhos de decoração, Não me faltaram os cocktails do Jorge Welsh, no CCB, Jantares na Casa de Veva de Lima e outros tantos simpáticos almoços e jantares com amigos queridos como foi o da Margarida Prieto, Eduardo Santos Silva, primos d’Orey……. Foram 365 dias. Bem vividos, e sempre próxima da Eles e Elas, da querida Luz Bragança que me propôs este apreci-ável mas apressado registo. Perdoem algumas falhas mas as Agendas são o que são: humanas. E errar é humano. Até já.

P.B.

Eles&Elas-305 Michelle Obama

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MODA, EXERCÍCIO, AMOR, MATERNIDADE, AUTOBIOGRAFIA, E PROVAVELMENTE A PRÓXIMA PRESIDÊNCIA

 

Nos sites de venda de lugares para o tour que Michelle Obama tem andado a fazer em promoção da sua recém-lançada autobiografia BECOMING, a foto da grande advogada saída das altas linhas de montagem da Universidade Pública de Chicago que ninguém no mundo conhecia mas que depois se tornou famosa de um dia para o outro enquanto a primeira Primeira-Dama preta dos Estados Unidos é mesmo, completamente, pop-star: o seu fundo azul a convocar o sonho de um céu optimista, o seu cabelo de marca que é muito comprido e todo esticado, o seu sorriso de marca que é sempre rasgado e de olhos nos olhos, bem, e vá lá… é que, depois, ainda cilindra completamente a audiência com aquele truque da roupa toda branca… com o ombro esquerdo todo de fora! Para quem não sabe, está de quilómetros e quilómetros e quilómetros de pele bem tonificada e bem esticada à vista, obviamente sem plásticas e antes com bons cremes e melhores ginásios, é mesmo-mesmo-mesmo marca Michelle. Muito respeitinho por esta senhora. O livro é capaz de ser só um pretexto.

Eu estava nos Estados Unidos há quatro anos, quando Michelle Obama, à época ainda Primeira-Dama, fez cinquenta anos. Foi em 2014 e nunca mais volta a acontecer nada assim. A quantidade de capas de revista que aquela fantástica supermodelo fez, Santo Deus, não dá para acreditar. E não foi propriamente uma feira de vaidades. Havia boas razões para tudo isto. Michelle Obama criou uma causa muito nobre, chamada LET’S MOVE. Destina-se a pôr os alunos americanos a comer alimentos verdadeiros e saudáveis, a fazer exercício, e a desta forma combater o papão assustador da obesidade nas crianças e nos jovens. Nessa altura, ela própria fazia questão de aparecer nas escolas públicas, nas zonas mais pobres de todas. Por falta de dinheiro e de educação, é sempre aqui se acumulam mais coach-potatoes dependentes da junk food, da Coca-Cola, do sofá lá de casa, e da televisão, para plantar hortas nas traseiras das escolas e demonstrar pessoalmente que fácil que é ter acesso aos vegetais de que o nosso organismo tanto carece, e para ensinar aos alunos rotinas simples de quinze minutos de exercício e drenagem por dia, baseados só na ginástica rítmica, na dança, e no hábito de beber sempre um litro e meio de água da torneira, e sempre pela mesma garrafa.
Para ser digna de representar este programa, antes de fazer cinquenta anos a própria Michelle anunciou publicamente que ia perder dez quilos para estar mais “ágil e flexível” na grande data. Foi quando descobriu a adrenalina dos ginásios e do auto-controlo das abstinências.
No fim daquilo tudo esticou o cabelo e cortou a franja, encomendou aos seus cinco estilistas de referência um vestuário mais leve e voador , e estava linda, linda, linda. Na capa da PEOPLE MAGAZINE aparecia numa foto de lado, com este mesmo sorriso luminoso de olhos brilhantes e seguros de si com que agora anuncia o tour do livro, dentro de um top de alças que lhe permitia mostrar bem os músculos do braço – e quer dizer, eram uns belos músculos, belissimamente definidos.
O meu ex é um democrata fumegante, um admirador incondicional do Obama, e ainda mais da Michelle; além de que tem um sentido de humor de uma crueldade maravilhosa. Chamei-lhe a atenção para aquela foto e ele disse logo: “A esta hora os Republicanos e os broncos do Bible Belt já deram em doidos, não é?… A Primeira-Dama dos Estados Unidos na capa da PEOPLE a mostrar os seus músculos… os seus músculos pretos!… ah, valeu a pena viver só para ver isto!” Agora, há fotos e fotos, assim como há capas de revista e há capas de revista. Michelle Obama podia ser só muito bonita, muito simpática, e defender uma grande causa numa super-poitência onde trinta por cento da população é obesa e descamba para a obesidade logo na infância.
Ninguém lhe pedia que fosse também extraordinariamente inteligente e uma grande profissional, mas nota-se. Naquela altura, notou-se muito. É que há muita notoriedade, que é uma coisa; e depois há imenso prestígio, que é outra coisa completamente diferente. Não basta dizer que as Primeiras-Damas americanas não costumam ser pretas, e não costumam aparecer em grande forma na capa da PEOPLE MAGAZINE quando fazem cinquenta anos.

Se a seguir dissermos que quando fez cinquenta anos a Michelle Obama fez a capa da VOGUE… isto sim, isto é um arrazo. Toda a gente sabe que a capa da VOGUE é outra conversa. Nesta capa é que não costumam mesmo aparecer pretas, a menos que sejam a Naomi Campbell, a Tyra Banks, ou a minha sobrinha Inês no dia em que quiser ser top-model. Estava linda, com um vestido comprido preto coleante e sem ombros do Atelier Versace, encostada às colunas de mármore da Casa Branca, naquelas fotos muito especiais que só a Anne Leibovitz é que sabe tirar. Não se sabia, manteve-se o segredo até à última hora, toda a gente foi apanhada de surpresa. E mais, que grande foto que ela fez. Pode ser uma advogada brilhante e estar a inspirar meio mundo no papel de Primeira-Dama, que não é por isso que deixa de fazer poses dignas de uma modelo profissional. This is still America.
Nesse mesmo aniversário, ao serviço dessa mesma causa, já depois das capas da PEOPLE e da VOGUE, a Michelle foi várias vezes à televisão. E aí, mesmo à laia de golpe de misericórdia destinado a mostrar ao público as vantagens de qualquer um se pôr a mexer e perder peso para se sentir bem, pulverizou logo o seu próprio record.

MAS A AMÉRICA TAMBÉM ESTÁ CHEIA
DE ORGULHO NAS COISAS BOAS E BEM
FEITAS, INDEPENDENTEMENTE DA
POLÍTICA E DA COR DA PELE.

Esta parte para mim é particularmente interessante, porque mostra claramente o que a América tem de melhor. Com certeza, está cheia de “inteligentes” que em oito anos não conseguiram cansar-se de dizer mal das políticas do Obama nem refazer-se da ideia de terem um presidente preto, a quem houve muita gente que não deixou de chamar macaco, ou, no mínimo, perigoso terrorista islâmico encapotado. A América está cheia das pessoas que votaram no Trump. Mas a América também está cheia de orgulho nas coisas boas e bem feitas, independentemente da política e da cor da pele. E é mesmo um país muito jovem, com uma capacidade experimental que a gente nem sabe se esta velha Europa alguma vez teve, com tanta monarquia e tanta guerra vindas tão lá do fundo dos tempos.
Acontece que as pessoas em Portugal quase que me comeram viva por causa de uma brincadeira que eu fiz uma vez na RTP2, e eu só tinha quarenta anos, e posso ser um bocado preta mas nunca fui nenhuma Primeira-Dama. Era apenas, na altura, a apresentadora de um programa de debate de grande nível intelectual, chamado TRAVESSA DO COTOVELO. Era tão sério, mas tão sério, que até se podia beber e fumar no estúdio, que imitava um bar onde nós estávamos a ter uma tertúlia, discutindo vários temas à vez. Cada um dos apresentadores fazia uma série de doze temas, e como a nossa sociedade estava a ficar cada vez mais abandalhada eu decidi que o meu último seria sobre a Queda do Império Romano. No fim, e isto era um segredo só entre mim e o pianista, eu citava o grande Will Durant, quando ele diz, exactamente sobre como foram possíveis as invasões bárbaras, “todas as grandes nações nascem estoicas e morrem epicuristas”. E acrescentava: “Querem ver o nosso futuro, se nós não fizermos nada?” Era a deixa. O pianista começava a tocar o PIMBA, PIMBA, e eu começava a dançar. Ou seja, abandalhava-se tudo.
O que eu levei na cabeça, por ter dançado na televisão em sinal de protesto.
Os anos subsequentes deram-me toda a razão, mas ainda hoje as pessoas que se lembram dessa noite só dizem “ela passou-se, passou-se.”
Isto é Portugal.
Entretanto, anos mais tarde, na América, a Primeira-Dama, que é preta e musculosa, e que fica linda em poses para as revistas, cria um programa de exercício para as escolas chamado, passa a vida a dar beijos ao marido e a dançar com ele, e como acabou de fazer cinquenta anos vai a uma data de programas de televisão.
E é então que tem todos os direitos que eu nunca tive nem terei.
Logo no primeiro late night em que apareceu, às tantas o apresentador fez-lhe um certo convite e ela disse logo que sim, com certeza. Começou de lá a bombar um bruto funk de dança. A Primeira-Dama levantou-se e pôs-se a dançar. É uma dançarina de cinco estrelas. E aquilo podia estar tudo previamente combinado que não foi por isso que fez qualquer diferença: nesse programa, e em todos os programas em que ela dançou depois, muitas vezes e em muitos estilos, os apresentadores, e os outros convidados que lá estivessem, ficavam todos de queixo caído, e não se cansavam de pedir mais. E o público fazia o mesmo. Era incrível. Uma Primeira-Dama preta, a dançar à preto, numa onda tão boa, com uma energia tão grande e tão salutar. This would be the day that I die.
O meu ex, por acaso, era das pessoas que me tinha dado na cabeça por causa de eu ter dançado UMA VEZ na televisão em sinal de protesto, no máximo durante uns cinco miseráveis minutos. Um dos argumentos dele, igual ao de toda a gente, era que causava descrédito uma Professora Doutora pôr-se assim a dançar sem mais nem menos. E eu então só lhe dizia, “Dick, isto ou há moralidade ou comem todos, a Michelle Obama é a Primeira-Dama do País Mais Poderoso do Mundo e ultimamente não faz mais nada senão pôr-se a dançar na televisão sem mais nem menos, mas como é que é, no caso dela já não causa descrédito?” Se ele alguma vez me respondeu, ou algum dos Portugueses que acham que eu me passei, foi com qualquer coisa como “mas a Michelle é uma dançarina maravilhosa, e dança para combater a obesidade dos Americanos”. Ok, está bem. Remeto-me à minha insignificância. Claro que em termos de dança nunca chegarei aos calcanhares da Michelle.
E também nunca fiz nenhuma capa da VOGUE.

 A MICHELLE É UMA DANÇARINA MARAVILHOSA,

E DANÇA PARA COMBATER

A OBESIDADE DOS AMERICANOS

Toda a gente sabe que lidar com os media não é fácil, e toda a gente subentende que a televisão é um meio particularmente cruel. Mas com esta Primeira-Dama não havia crueldade possível. Antes de mais nada, aos cinquenta anos a Michelle aparecia sempre giríssima na televisão, naquela base natural e simples, flexível como um junco e sorridente como uma Grande Mãe. Além disso, não me lembro de ela alguma vez ter ficado mal em alguma imagem ou alguma fotografia. Por essa altura, já lá iam mais de sete anos de Mundo Obama, o que quer dizer que até a Fox News, com todos aqueles comentadores completamente republicanos e todas aquelas apresentadoras loiras super-reaccionárias, tinha ganho um grande conhecimento de causa em relação à advogada de Chicago. E, de cada vez que o nome dela vinha à baila em algum debate ou noticiário, era sempre tiro e queda: uma pessoa dizia “Michelle” e outra pessoa atalhava“Oh, c’mon, Michelle’s a sweetheart!”
E foi assim, com toda aquela animação dos cinquenta anos e das danças do LET’S MOVE que começaram a perguntar-lhe o que é que ambicionava fazer quando o segundo mandato do marido chegasse ao fim, e ela começou a rir muito e a responder: “Watch out DC, here I come!”. Na altura pode ter sido só uma piada, mas agora há imensos democratas interessados em transformar a piada numa realidade. Aliás, não falta quem diga que esta autobiografia, acompanhada deste enorme book tour, apareceu agora já a preparar sabiamente o terreno para as próximas eleições. Hillary Clinton nunca conseguiu convencer realmente ninguém porque é a antítese da simpatia, e ainda por cima toda a gente sabia que ela tinha por trás o grande capital de Wall Street e da Indústria Farmacêutica, pelo que não podia estar mais feita com o Sistema. E, em grande medida, foi por já não tolerarem mais o Sistema que as pessoas votaram em Donald Trump.
Michelle tem todos os trunfos que Hillary não tinha. Além disso, neste momento o eleitorado Americano já comporta mais pretos que brancos.

MICHELLE TEM TODOS
OS TRUNFOS QUE
HILLARY NÃO TINHA.

E, ainda por cima…
Eh pá. Uma Mulher Preta na Presidência! Querem melhor? Não, estão a ver? O que os estrangeiros dizem, isso é tudo mentira. É tudo inveja. Neste País abençoado por Deus ninguém discrimina contra ninguém. Run, Michelle, run.
E depois, durante oito anos, houve ali um toque especial que fez mesmo muito bem à psique americana: foi o amor, carinho, e dedicação evidentes daqueles dois um pelo outro. Michelle e Barak eram o alto contraste de Trump e Melania. Além de terem ambos estudado muito e serem ambos muito inteligentes, tinham ambos um grande sentido de humor, eram ambos grandes pais para as suas filhas, e estiveram ambos sempre, sempre, sempre, visivelmente apaixonados, ao longo de oito anos extraordinariamente difíceis. Foi um dos comentários que os jornalistas não conseguiam deixar de fazer a propósito da festa dos 50 anos da Michelle, onde compareceram figuraças como a Beyoncé, o Paul MacCartney, ou o Samuel Jackson, mas não deixaram entrar ninguém dos media: as redes sociais ficaram cheias de posts de Michelle e Barack a dançar, e toda a comunicação social dizia, “oh this is so heart-warming, those two are always so much in love!”

E o amor é mesmo uma coisa muito bonita. Dá-nos asas.
Logo na primeira Grande Gala em que eles apareceram juntos depois das primeiras eleições, ainda o Presidente não tinha um único cabelo branco, Michelle trazia um vestido comprido branco desenhado pelo estilista de Taiwan Jason Wo. Barak estava de smoking. E foi só começarem a dançar para se perceber que aqueles dois já tinham dançado juntos milhões de vezes na vida. Sorriam um para o outro numa enorme felicidade, e era um coisa linda de se ver. Depois, de repente, o Presidente não aguentou mais. Parou de dançar, puxou a sua mulher ainda mais contra si, apontou para ela todo feliz, virou-se para todas as outras pessoas da pista de dança, e perguntou: “Isn’t she beautiful?”
“Beautiful” talvez seja pouco, se vamos usar um único adjectivo para caracterizar Michelle Obama.
É mais que Michelle Obama é absolutamente “outstanding”.

Gastronomia da Moda

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O hotel TRYP Lisboa Aeroporto foi palco da Gastronomiada Moda – 20 Anos Depois, um evento onde alguns dos mais conceituados estilistas e modelos nacionais apresentaram as suas melhores coleções gastronómicas. Paulo Sassetti, mentor desta ação revelou-nos “é a realização de um sonho. Decidi assinalar a data com a reunião destas pessoas que fizeram parte do meu percurso profissional e pessoal num acontecimento semelhante ao anterior, onde podemos perguntar: 20 anos depois… o que mudou?”.

Nuno Gama Maria Gambina, Miguel Vieira , Pedro Miguel Ramos e José Agualuza, foram as figuras que tiveram a oportunidade de voltar a participar neste desafio gastronómico e confecionar as suas receitas na cozinha do TRYP Lisboa Aeroporto. João Rolo, Ana Salazar, Afonso GASTRONOMIA Paulo Sassetti revive evento gastronómico Vilela (Vencedor do Masterchef), Storytailors e Fernando Nunes (Estilista da Lion of Porches e Decénio) juntaram-se a esta aventura e apresentaram pratos da sua autoria que, juntamente com as receitas enviadas por Fátima Lopes,; José António Tenente, Anabela Baldaque; Gio Rodrigues; Katty Xiomara ; Nayma Mingas e Ana Borges originaram um menu onde a criatividade, o sabor e o glamour se uniram como se de um desfile de moda se tratasse.

A ação culminou num Sunset Dinner Party na unidade hoteleira que contou, com a presença de Maria da Luz de Bragança, Lili Caneças, Claudia Jacques, José Carlos Pereira, Maria José Galvão e Humberto Leal, Helena Ribeiro, João Libério, Marina Cruz, Isabel Nogueira, entre outros amigos, que se deliciaram com os pratos confecionados pelos internacionais estilistas. Um fim de tarde e um serão excelente que todos divertiu e agradou!