FÉRIAS EM FRANÇA

FÉRIAS EM FRANÇA

Este slideshow necessita de JavaScript.

A nossa primeira viagem a França foi a Paris, em 1961, de avião, vindo de Londres. Estava em Paris parte da família Alcobia de Sousa (os pais, Marilé e Vergílio de Sousa, e o filho José António, nosso colega no Liceu Francês, de Lisboa). Na época tínhamos o fascínio dos grandes “cabarets” parisienses (Lido, Folies Bergère, Moulin Rouge, etc.) e dos seus espetáculos de “strip tease”. Dado haver sessões contínuas até altas horas da noite, passávamos dum “cabaret” para outro e, praticamente, não tivémos tempo para visitar os monumentos da cidade.

Quatro anos depois voltámos a França para assistirmos ao casamento do nosso primo segundo, Carlos Manuel Mattos e Silva Neves (filho duma prima direita do nosso pai, Maria Elisa, senhora da Casa do Capitão-Mor, em Vila de Rei, e do médico analista João Germano Neves da Silva, o qual estava relacionado com uma conhecida família de Abrantes: os Moura Neves) com a nossa futura prima Marie France Guillemin, em cuja casa de família, nos arredores de Paris, decorreu o casamento. A família seguiu toda junta para França, num cómodo autocarro de turismo especialmente fretado para o efeito, enquanto nós seguimos uns dias mais tarde, de combóio, no Sud Express, dado termos um exame a efetuar no Instituto Superior Técnico quando da partida do autocarro. A viagem de combóio foi bastante interessante dado termos tido um curto romance com uma companheira de viagem, cerca de vinte e anos mais velha do que nós. O regresso foi efetuado de autocarro, destacando-se do grupo a muito animada Cuca Viana, amiga dos noivos. Nessa estadia em França foi-nos, finalmente, possível visitar os principais monumentos de Paris.

Sete anos mais tarde voltámos a Paris para visitar uma amiga, Carla Pereira da Silva, que por lá se encontrava a estudar. Foi uma possibilidade de conhecer a boémia noturna da cidade. Tempos depois, numa nova viagem a Paris, encontrámos casualmente, na rua, a Guigui Alves Barata que nos levou a dançar no “Chez Castel”, discoteca bastante privada mas onde o padrasto da Guigui, António Formigal, era pessoa conhecida, o que nos permitiu entrar sem o problema de sermos barrados à entrada. Por essa altura também estivemos com o Manuel Serzedelo de Almeida que trabalhava, então, para a Societé Generale. Nesse mesmo período também fomos jantar a casa de Ana Sofia e do Carlos Monjardino, o qual era então um gestor importante dum Banco de Manuel Bullosa.

Nos anos setenta do século XX fomos algumas vezes a La Rochelle onde vivia a nossa sobrinha Teresa Barradas Martins Bourgois. Estivémos com a sua mãe, Maria Helena Barradas, e visitámos muitos locais pré-históricos da Bretanha (alinhamentos de Carnac, dolméns de Gravigny e de Kercado, etc.), fomos nadar nas praias da Ilha de Ré e de Biarritz, tendo visitado também cidades como Rennes e Nantes.

Na década de oitenta do século passado regressámos a Paris, tendo ficado alojados no magnífico apartamento junto ao Sena, no Quai de Grenelle (Rive Gauche), do nosso amigo Sebastião Marques de Almeida. Ficou-nos na memória um jantar só de ostras num dos principais restaurantes de Paris, o “La Coupolle”, em Montparnasse.

Alguns anos mais tarde, na companhia dos nossos primos Clara e Eduardo Cansado de Carvalho, estivemos em Paris a caminho duma visita aos Castelos do Loire. Recordamos um célebre almoço no restaurante “Fouquet’s”, nos Champs-Elysées, onde estava uma família com um pequeno cão. Subitamente, entra uma rapariga jovem com um cão grande pela trela o qual, ao avistar o outro cão, acometeu sobre ele. Houve uma enorme algazarra, a jovem caíu no chão por não ter conseguido suster o seu cão e tudo acabou como se se tivesse tratado dum acidente rodoviário: trocando apólices de seguros entre os donos dos cães.

Numa outra visita a França fomos fazer ski na estância de Val-d’Isère, ficando instalados no Club Med.  O grupo era extraordinariamente divertido contando com Teresa e João Pedro Campos Henriques, Isabel e Quim Machaz, Teresa e Henrique Carvalho Maia, Isabel e Eduardo Mello Perestrelo, António Carrapatoso, Zinha Galvão de Sousa, entre muitos outros. Para além da parte desportiva, o “aprés-ski” foi muito animado.

Fomos, nos anos noventa, a um casamento de amigos franceses, em Orleans, integrados num grupo em que pontificava Tchoupette Beerten. Para além dos festejos relacionados com o casamento, fizemos bastante turismo naquela região.

Visitámos o Norte de França, particularmente as praias do desembarque da Normandia (Omaha, por exemplo) e o Mont Saint Michel, inseridos num grupo de portugueses residentes em Macau do qual se destacava, pela sua boa disposição, Varna de Gião.

Estivémos também em Cuts, em representação da Associação Portuguesa de Atrelagem (da qual éramos vice-presidentes), na reunião de constituição da Associação Internacional de Atrelagem de Tradição, cujo primeiro presidente viria a ser o Barão de Langlade. A representação portuguesa incluía, ainda, Helga e José Alexandre Matos, Graça Sobral, etc. Aproveitámos a oportunidade para visitar vários locais do centro e Sul de França, como as grutas com pinturas rupestres de Lascaux II (com as suas pinturas de bovídeos), de Pêche Merle (com o seu célebre cavalo pintado) e de Rouffignac (com as suas representações de mamutes), a catedral da Albi, Pont du Gard, Nimes, etc.

Voltámos ao Sul de França, anos mais tarde, num cruzeiro a bordo do “Funchal” com Piedade e Miguel Polignac de Barros, Ana Teresa e Luís Cabral Moncada, Graça Sobral, Teresa Raquel Santos, José Caetano Pestana e muitos outros. Visitámos, então, vários locais da Côte d’Azur, entre os quais Saint-Tropez, Cannes, Nice e Mónaco.

Estivémos uma vez mais em Paris, em casa de Binha d’Orey Rolo e do Duarte Ramalho Ortigão (este, ao tempo, embaixador de Portugal junto da Unesco) e frequentámos a nossa embaixada bilateral onde estavam os nossos amigos belita Leite Pinto e António Monteiro. A festa de despedida do embaixador António Monteiro reuniu inúmeras personalidades portuguesas a viver em Paris, como Isabel de Bragança, Leonor Ramires Herédia, etc. Na altura estava na cidade uma exposição relacionada com Pablo Picasso que pudémos visitar, bem como uma passagem de modelos de Elie Saab, no Palais du Trocadéro.

Mais recentemente, na companhia da nossa filha Catarina e dos nossos netos Laura e Martim, voltámos a Paris e visitámos, também, a Eurodisney e o Parc Astérix.

O ano passado, com o nosso filho Duarte e os nossos netos Vasco e Clara, saímos da sua casa em Genève e seguimos de automóvel para França, visitando Annecy, as Salines Royales, Bésançon e Dijon. Nesta última cidade ficámos impressionados com a imponência do Palácio dos Duques de Borgonha (uma filha do nosso rei D. João I, Isabel de Portugal, foi casada com o Duque Jean, “Le Bon”, e mãe de Charles, “Le Temeraire”) e com a beleza dos túmulos dos primeiros duques (Philipe, “Le Hardi” e Jean, “Sans Peur”).

Também tivemos oportunidade de fazer viagens de trabalho a França. Numa delas, na companhia de engenheiros e arquitetos (nestes liderava Pedro Bello Ravara), tivémos reuniões com uma empresa sediada em Le Mans, tendo aproveitado para visitar várias localidades entre Paris e Le Mans e, nesta, o célebre circuito automóvel.

Mais tarde, inseridos num grupo que incluía engenheiros portugueses (da CP) e técnicos duma empresa francesa (Soletanche-Bachy), visitámos as obras de construção do Túnel da Mancha, obra notável da engenharia europeia.

Estivémos, ainda, em Paris, com o nosso sócio Artur Pinto Ravara, para negociações com a SNCF.

O facto de estarmos incluídos no consórcio luso-francês que realizava a revisão do projeto do Aeroporto de Macau, consórcio liderado pelos Aeroports de Paris, permitiu-nos efetuar várias outras visitas à capital francesa e seus arredores, como Versailles e o Château de Thoiry (com o seu interessante parque zoológico).

José Mattos e Silva

Princesa Maria Gabriela de Saboia em Portugal

Princesa Maria Gabriela de Saboia escolheu São Miguel para festejar o Seu aniversário e mostra-se encantada com os Açores

Este slideshow necessita de JavaScript.

A Princesa Maria Gabriela de Saboia aproveitou o período de Carnaval para passar umas miniférias em São Miguel e festejar o aniversário na Ilha, transformando o que sempre foi um sonho em realidade.
“Apanhei um avião em Genebra, fiz escala em Lisboa, e apanhei um outro avião para Ponta Delgada. Foi fantástico”, garantiu a princesa, que confessou que visitar os Açores sempre fora um desejo de longa data, que só agora se concretizou. “Conheço a Madeira e uma boa parte de Portugal de Norte a Sul, até porque vivi neste país de 1946 a 1957. Visitar os Açores era um sonho que tinha. E como fazia anos hoje [segunda-feira de Carnaval] decidi que era uma boa oportunidade. São poucos dias, mas fiquei com uma ideia de como são os Açores. Gostei muito do que vi e visitei muitas igrejas que me encantaram. A ilha é muito bonita”, disse.
Mas o que mais agradou Maria Gabriela de Saboia foi a hospitalidade dos naturais da Ilha. “São pessoas fantásticas”, admitiu, garantindo que encontrou S. Miguel com um grau de desenvolvimento muito superior ao que imaginava: “Ponta Delgada é uma cidade muito desenvolvida, foi uma boa surpresa”.
Nascida em 1940, filha de Humberto II, último rei de Itália, e de Maria José da Bélgica, cuja avó era Maria José de Bragança, faz questão de referir: “temos sangue português”.
A Princesa conhece bem a língua de Camões, ainda que tal não se deva à ascendência portuguesa. Com a queda da monarquia em Itália, a família foi exilada em Portugal, e fixou-se em Cascais, destino comum de muitas outras famílias reais. O regresso a Itália só aconteceu mais de uma década após a Segunda Guerra Mundial, mas foi na Suíça que a família se instalou permanentemente e onde a princesa vive ainda hoje. Atualmente, dirige uma Fundação da sua autoria e à qual atribuiu o nome do Pai, com o consentimento da família. O objetivo primordial da Fundação é o de preservar a história e o legado da Casa de Saboia.

Maria Gabriela de Saboia sublinha que continua a frequentar o país Natal, principalmente Torino, cidade onde faz “várias exposições”.
Nesta curta estada, a bisneta de Maria José de Bragança, acompanhada de José de Mello, José Tomás de Mello Breyner e de Augusto Athayde (Conde de Albuquerque), foi recebida em audiência de cumprimentos pelo Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, José Manuel Bolieiro. Pela tarde, no Palácio José de Canto, plantou simbolicamente um freixo, uma espécie de árvore característica do Arquipélago dos Açores. Maria Gabriela de Saboia defende a União Europeia como sendo “uma boa ideia para unir os países do Norte e do Sul” e comentou a saída do Reino Unido da União Europeia: “o governo britânico não manifestou nenhum interesse em ficar, mas os outros países só têm a ganhar, unidos. A família da minha mãe é belga [filha do Rei Alberto] e lá dizem que «A união faz a força». É assim que vejo a União Europeia”, remata.
Com várias alterações no mapa político europeu, a monarquia continua a ter o seu espaço, conforme defende Maria Gabriela de Saboia. Para a Princesa, a forma de governo em causa “funciona bem nos países do Norte da Europa, porque é representativa e não tem poderes, mas em países com dificuldades a monarquia é muito discutível”, conclui.

Baile Veneziano no Palácio Marquês de Fronteira

As portas do Palácio Fronteira abriram-se no passado dia 22 de Fevereiro para receber uma das mais glamourosas festas do ano.

Este slideshow necessita de JavaScript.

 

Veneza e as suas famosas máscaras foi o tema escolhido pela produtora UpMusic Talents e pela Casa Inspirafuror by António Coelho para mais um dos seus exclusivos eventos.

 

As magnificas salas do palácio seiscentista encheram-se de convidados elegantemente mascarados para juntos desfrutarem de um soberbo cocktail de boas vindas animado pelo violinista Nuno Flores, seguido de um jantar espetáculo musical ao som dos Jazzway de Luisa Mirpuri, terminando com um divertido baile no Terraço do Palácio

 

Grammys 2020: os looks e a noite de Billie Eilish

Grammys 2020: os looks e a noite de Billie Eilish

Este slideshow necessita de JavaScript.

A 26º Gala dos Grammys, o principal prémio referente à música, decorreu no dia 26 de janeiro em Los Angeles, Estados Unidos da América, e teve uma vencedora histórica a jogar em casa: Billie Eilish. A cantora saiu da cerimónia com seis prémios, tornando-se na mais jovem artista de sempre a vencer nas cinco principais categorias dos galardões americanos: Artista Revelação, Álbum do Ano, Canção do Ano, Gravação do Ano e Melhor Álbum de Pop Vocal. Não se pode dizer que tenha sido um desfecho surpreendente, já que a cantora de apenas 18 anos, era a grande favorita. Outro facto curioso é que o irmão, Finneas O’Connell, venceu na categoria de Melhor Produtor do Ano, em parte, derivado ao trabalho que desenvolveu com a irmã.

Repleta das principais figuras da música mundial, a passadeira foi, como sempre, um dos destaques da noite, onde os artistas brilharam na cidade das estrelas, com outfits variados, dos mais clássicos, como o de Ariana Grande, aos mais exuberantes, como o de Billie Eilish. Uma mistura de contrastes entre as duas estrelas da Pop, também musicalmente, tendo em conta que Eilish e Grande estiveram em competição direta, com Ariana a ser uma das grandes derrotadas da noite. Quanto aos looks masculinos, John Legend e Dj Kahled destacaram-se pelos visuais formais e elegantes, enquanto o cantor Usher se distinguiu pelas roupas informais e desportivas, com o toque vibrante de um casaco de padrões arrojados.

As performances da noite ficaram a cargo de Sheila E. FKA Twigs e Usher, que homenagearam Prince, Camilla Cabello, Billie Eilish, Ariana Grande e os veteranos Aerosmith, que trouxeram o rock para o Staples Center. A cerimónia ficou ainda marcada pela notícia dramática da morte de Kobe Bryant, o jogador de basquetebol que, curiosamente, foi a grande estrela daquele pavilhão durante 20 anos. O acontecimento mereceu um momento de silêncio, seguido das palavras de Alicia Keys e de um aplauso das todas as gerações da plateia.

 

Vencedores

Álbum do ano

“When we all fall asleep, where do we go?” (Billie Eilish)

“I, I” (Bon Iver)
“Norman f***ing Rockwell!” (Lana Del Rey)
“I used to know her” (H.E.R.)
“7” (Lil Nas X)
“Cuz I love you” (Lizzo)
“Father of the bride” (Vampire Weekend)

Gravação do ano

 “Bad guy” (Billie Eilish)

“Hey, ma” (Bon Iver)
“7 Rings” (Ariana Grande)
“Hard place” (H.E.R.)
“Talk” (Khalid)
“Old town road” (Lil Nas X e Billy Ray Cyrus)
“Truth hurts” (Lizzo)
“Sunflower” (Post Malone e Swae Lee)

Canção do ano

“Bad guy” (Billie Eilish)

“Always remember us this way” (Lady Gaga)
“Bring my flowers now” (Tanya Tucker)
“Hard place” (H.E.R.)
“Lover” (Taylor Swift)
“Norman f***ing Rockwell!” (Lana Del Rey)
“Someone you loved” (Lewis Capaldi)
“Truth hurts” (Lizzo)

Revelação

Billie Eilish

Black Pumas
Lil Nas X
Lizzo
Maggie Rogers
Rosalía
Tank and the Bangas
Yola

Melhor performance solo pop

“Truth hurts” (Lizzo)

Melhor performance pop em duo/grupo

“Old town road” (Lil Nas X e Billy Ray Cyrus)

Melhor álbum pop vocal tradicional

“Look now” (Elvis Costello & The Imposters)

Melhor álbum pop vocal

“When we all fall asleep, where do we go?” (Billie Eilish)

Melhor gravação dance

“Got to keep on” (The Chemical Brothers)

Melhor álbum dance/eletrônico

“No geography” (The Chemical Brothers)

Melhor álbum instrumental contemporâneo

“Mettavolution” (Rodrigo Y Gabriela)

Melhor performance rock

“This land” (Gary Clark Jr.)

Melhor performance metal

“7empest” (Tool)

Melhor canção rock

“This land” (Gary Clark Jr.)

Melhor álbum rock

“Social cues” (Cage the Elephant)

Melhor álbum de música alternativa

“Father of the bride” (Vampire Weekend)

Melhor performance r&b

“Come home” (Anderson. Paak com André 3000)

Melhor canção r&b

“Say so” (PJ Morton com JoJo)

Melhor álbum urbano contemporâneo

“Cuz I love you” (Lizzo)

Melhor álbum r&b

“Ventura” (Anderson. Paak)

Melhor álbum rap

“IGOR” (Tyler, The Creator)

Pedro Crispim Is Coming Hot

Persistente, empreendedor, lutador e um apaixonado pela moda e pela figura feminina. Para Pedro Crispim, o stylist das estrelas, a roupa e os acessórios não têm segredos! Nascido no Alentejo mas criado em Lisboa, conta com vinte anos de carreira e um nome que é reconhecido tanto pelas grandes marcas como pelas maiores figuras nacionais.

 

 

Ao longo dos anos, Pedro Crispim trabalhou como vendedor em lojas de roupa, fez styling, foi produtor de moda, fashion adviser, personnal shopper, faz trabalhos como vitrinista e visual merchandiser. Também tem uma revista online e dá aulas aos jovens que queiram deixar a sua marca pessoal na moda portuguesa, que cada vez mais se abre ao mundo e deixa o conservadorismo de lado.
A história de Pedro Crispim iniciou-se em pleno Alentejo: “Nasci em Évora, a 21 de Novembro de 1978, e sou o filho do meio da família. Ainda em criança, por questões profissionais, os meus pais mudaram-se em Lisboa e aqui cresci”, conta Pedro Crispim sobre a família e sobre as suas raízes alentejanas, terra que o viu nascer este orgulhoso escorpião há 41 anos.
Em Lisboa, onde cresceu com os dois irmãos, encontrou a paixão pela moda e hoje é considerado uma das figuras mais influentes da área em Portugal, especialmente quando falamos sobre consultoria de imagem.
Formado em Design de Equipamento na Faculdade de Belas Artes, Pedro Crispim estreou-se como manequim em 1997 e desfilou em alguns dos mais importantes eventos de moda nacionais, como é o caso do Fil Moda, Manobras de Maio, Modalisboa ou Portugal Fashion.
“Sempre senti que este seria o meu caminho, mesmo quando na minha cabeça não existia uma função definida, eu sabia que a minha vida profissional teria a ver com moda, com beleza e comunicação. Senti a resistência de um manequim que deseja fazer styling, sair da passerelle para fazer parte dos bastidores, e depois disso senti resistência da indústria me levar a sério depois de fazer televisão, e o curioso é que hoje em dia, quase toda a gente deseja fazer televisão, inclusive pessoas que não viam com bons olhos a popularidade que o pequeno ecrã trazia”, diz. Pedro Crispim começou a trabalhar de uma forma muito instintiva, ao conjugar os outfits certos para cada ocasião e consoante a personalidade da pessoa que os vai usar.
“Foi algo natural, apaixonei-me pelo processo criativo, queria fazer parte do mesmo, e as coisas foram acontecendo, e pareceu-me o certo, procurei formação e depois fui atrás e bater às portas! Claro que nessa altura queria mais, e decidi ir além do papel limitado em que me encontrava como manequim”, relembra Pedro Crispim sobre a passagem das passarelas para os bastidores dos grandes desfiles.
O ‘salto’ para o papel de stylist deu-se com a naturalidade de quem conhece bem o meio e depois de ter trabalhado alguns anos como freelancer abriu em 2011 o Atelier Styling Project com a Makeup Artist Sandra Almeida.
Pedro Crispim já trabalhou com algumas das maiores marcas, tanto nacionais como internacionais, e o seu nome está longe de ser desconhecido para os nomes mais sonantes da indústria artística portuguesa, como é o caso de Débora Monteiro ou Maria Botelho Moniz. Falando sobre quais são as mulheres que se vestem melhor, o antigo modelo, que também já lançou sapatos e livros, tem resposta pronta

 

 

“Raquel Prates, Sofia Carvalho, Maria José Galvão e Yolanda Noivo são para mim as mulheres que se vestem melhor em Portugal. Depois temos aquelas figuras que se apresentam como personagens que na realidade são a criação do agente, stylist, etc. Não lhes vejo grande genuidade”, diz Pedro Crispim.
Este considera que a geração mais nova (que cada vez mais se preocupa com a moda) está a tornar-se pouco genuína e desinteressante devido a imitação que faz de figuras internacionais, como é o caso de Kylie Jenner. “Uma imitação nunca terá a qualidade de um original”, ressalva. Às mulheres portuguesas, Pedro Crispim aconselha a que se divirtam, gostem de si próprias e não se levem demasiado a sério, especialmente na vida.
“Divirtam-se mais com a moda, não se levem tão a sério, sorriam mais e usem o vosso lado feminino como uma vantagem, como um dom e não passem tanto tempo a tentar camuflar a vossa essência. Sejam felizes com a vossa imagem , façam as pazes com o vosso corpo, e aceitem a vossa beleza, pois será sempre única e especial”, aconselha o especialista e estudioso em imagem.
Pedro Crispim estreou-se em televisão em 2005, no programa Esquadrão G. Desde então fez parte do 6 Teen, Queridas Manhãs, Você na TV, Boa Tarde, Passadeira Vermelha, e após a sua rubrica de moda no programa Faz Sentido da Sic Mulher podemos vê-lo no programa “Você na TV” no seu espaço da TVI, Guru da Moda.

 

Homem de amor e de amores, o alentejano confessa-se como um homem de paixões e admite que já penso em casamento e em ter filhos. Dois desejos que ainda pretende ver cumpridos. Mas antes de iniciar uma família é necessário encontrar a pessoa certa. A forma como os outros são tratados é para si o ‘espelho’ da personalidade.
“Antes de mais analiso a forma como a pessoa trata os outros, penso que esse será um reflexo directo da pessoa que é, e da sua base. Outras características são o sentido de humor, o olhar seguro, a solidez, a tranquilidade, o espírito aventureiro, a generosidade e humildade como bases para a vida!”, diz Pedro Crispim.
O trabalho no mundo na moda fez com que viajasse bastante e a cada uma das viagens que faz deixa-se inspirar pela cultura e pelo estilo que encontra em cada um dos países e cidades que visita.
“Dos locais que já visitei destaco o Japão, França, Espanha, Grécia, Inglaterra, América ou a Itália. Em todos estes locais tirei o que de melhor havia para acrescentar a bagagem da vida. Também destaco a liberdade dos Londrinos, a irreverência dos Japoneses mais jovens, e a elegância e sofisticação blaze dos Parisienses”, diz o stylist sobre os locais que já visitou e que mais o inspiraram para continuar a criar e inovar.
Mas tal como todos os viajantes, por mais que se conheça o mundo não há alegria maior do que voltar a ‘casa’ e ser-se brindado pela reconfortante luz de Portugal. Sobre o cada vez maior protagonismo que o país está a ter, Pedro Crispim, que declara-se um português orgulhoso, acredita que este: “foi algo súbdito, já que o normal teria sido que esta exposição fosse mais gradual ao longo dos anos, mas acredito que com esta atenção surjam oportunidades a todos os níveis. Só temos que estar preparados para conseguir gerir tudo da melhor forma”.

 

 

Ler é um dos seus grandes prazeres, quer sejam livros (Descomplica, de Cristina Castro Fernandes, é o livro que repousa na sua mesa de cabeceira) ou imprensa escrita. Sobre os problemas que a imprensa escrita está a enfrentar e a cada vez mais importância do online, o antigo manequim acredita que há espaço para todos.
“Não acredito que os jornais e revistas em papel possam acabar. Entre nós, devo admitir que adoro o toque e o cheiro do papel, é algo que me traz memórias reconfortantes e até me provoca uma sensação de aconchego curiosa. Acredito que exista espaço para tudo”, esta é a opinião de Pedro Crispim sobre o futuro dos jornais e das revistas. Aliás, ele próprio é o responsável pela revista online Styling Project Magazine.
Com o fim do ano a chegar é normal que se faça um balanço e se pense no futuro, algo que encara com cada vez mais experiência e sabedoria.
“Com 40 anos tenho em mim uma noção diferente do tempo e do espaço, o que também levou a uma alteração das minhas prioridades. Neste momento quero continuar neste meu caminho, tanto na indústria da moda como na comunicação, aliás quando penso nisso sempre utilizei a moda como uma forma de chegar as pessoas e comunicar quem sou e o que penso do mundo”. Pedro Crispim pensa, antes dos 50, voltar as raízes e ao Alentejo, onde tem a família. Este é um sonho que tem mas até lá vai continuar a distinguir-se na moda nacional

 

Divas Dos Anos 80 Sophia Lauren E Jane Fonda

SOPHIA LOREN A DIVA DA IDADE DE OURO

Representante da geração de ouro do cinema mundial, Sophia Loren é uma das últimas grandes divas da sétima arte. Marcante e apaixonante, Loren entrou no imaginário mundial devido a sua beleza exótica e versatilidade. Mãe sofrida ou mulher vistosa. Nenhum desafio é demasiado grande para a actriz, que é considerada uma inspiração para Meryl Streep ou Daniel Day Lewis. Com 69 anos de carreira, a italiana é considerada uma das maiores 25 actrizes da história.
Numa era em que os estúdios eram muitos mais do que meras empresas de distribuição e os actores eram figuras marcantes que perduravam no tempo, uma diva vinda directamente de Itália marcou o seu nome em ouro. Ao lado de Elisabeth Taylor e Brigitte Bardot, a bela morena destacou-se nas décadas de 50 e 60 com produções que oscilavam entre a comédia e o drama. Mas tal como nos filmes que fazia, o final feliz é antecedido por momentos conturbados.
Há 85 anos atrás, Itália vivia sob o jugo de Benito Mussolini, nascia, em Roma, Sofia Villani Scicolone. Filha de uma professora de piano clássico e de um engenheiro da construção civil de ascendência francesa, a infância da jovem foi marcada por uma família destruída, já que o pai nunca cuidou das duas famílias e o dinheiro que a mãe ganhava a dar aulas de piano não dava para as sustentar.
Foi em Pozzuoli, pequena aldeia perto de Nápoles, que as irmãs Sofia e Maria viveram os primeiros anos de uma vida que foi marcada pela fome e pelo eclodir da II Guerra Mundial. A aldeia napolitana era um alvo frequente dos bombardeamentos aliados, que a deixaram com uma cicatriz no rosto e destruíram a casa da família materna, levando a que se abrigassem nos esgotos da aldeia para não dormirem ao relento.
Os anos passaram e Pozzuoli voltou a normalidade. As escolas voltaram a abrir, o céu nocturno perdeu os clarões das bombas e os Scicolone taparam os buracos deixados na casa da família. A avó, Laura, decidiu abrir um bar improvisado. Foi a servir licor aos soldados que a adolescente cresceu. Foi entre copos vazios e os cinemas improvisados que os americanos montaram que a jovem começou a sonhar com uma vida longe de Nápoles e dos horrores da guerra que viveu.
Com apenas 16 anos, a jovem, que o que mais queria era ter condições para sustentar a família, tentou a sorte no concurso Miss Itália. De pele morena, boca grande e olhar felino, Sofia esteve no lote das mulheres mais belas do país e que se apresentaram em Roma perante um olhar de um feroz júri que a considerou demasiado sexy. Mesmo não tendo ganho o concurso, voltar atrás não era opção. A sua vida e o sustento da sua família passavam pela cidade eterna e pela Cinecittà, a meca do cinema italiano. Com o nome Sofia Lazzaro, fez as primeiras figurações em produções como “Quo Vadis” ou “lui Era … si! sì!”.
SOPHIA

Sophia nasceu para ser a protagonista da sua vida, não apenas uma mera figurante. Quem pensou o mesmo foi o realizador Vittorio De Sica, que assim que a viu ficou completamente encantado e a convidou a fazer parte de “Ouro em Nápoles”, onde protagonizou uma das caminhadas mais famosas da história do cinema e onde o público pode ver o ‘diamante bruto’ que se apresentava perante o olhar de todos.
Em “La Favorita”, tivemos o primeiro papel de protagonista de Sophia Loren. Esta produção apresentou Loren não como uma promessa mas já como uma estrela pronta a brilhar perante a lente de Mário Matolli, o precursor do neo-realismo e que a dirigiu em “Duas Mulheres”. Depois de ter dado vida a belas mulheres, a actriz transformou-se para interpretar Cesira, uma mãe que tenta proteger a filha menor das desventuras da guerra. Com uma actuação comovente, e quem muitos aspectos reflecte a infância que teve no meio de bombardeamentos que não a deixavam dormir, arrecadou 22 prémios, sendo os mais sonantes a palma de ouro para melhor actriz no Festival de Cinema de Cannes e o Oscar para melhor intérprete feminina. Esta foi a primeira vez que um filme estrangeiro viu a sua actriz principal ganhar a apetecível estatueta dourada.
Depois de ganhar o maior prémio que uma actriz pode ambicionar, o ‘salto’ para os Estados Unidos foi o próximo patamar a subir na escadaria que a levou para um pedestal onde estão poucas actrizes. Em 1957 assinou um lucrativo contrato de 5 anos com a poderosa Paramount Pictures. Durante este período, a diva italiana fez parte de uma elite que marcou o cinema de Hollywood e que é recordado ainda hoje com muito carinho. “Casamento à Italiana” e “O Girassol” são duas películas que os críticos cinematográficos referem como alguns dos seus melhores trabalhos feitos durante a década de 60. Vista como uma sex symbol e um dos maiores símbolos culturais de Itália, Sophia Loren gozava de uma popularidade única e que teve na dupla com Marcello Mastroianni um dos seus pontos mais altos.
Mas a vida de Sophia Loren também tem pontos baixos e polémicas. Em 1979, o fisco italiano processou-a por, alegadamente, não ter pago ao fisco os rendimentos referentes aquele ano. Durante 37 anos este processo ‘correu’ nos tribunais e a actriz chegou a ser condenada a 18 dias de prisão. Várias décadas e recursos depois, foi declarada inocente. Este é um dos acontecimentos que sempre refere quando lhe perguntam em entrevistas sobre do que mais se arrepende.
Para ultrapassar todos os problemas que enfrentou, Sophia Loren teve no amor pela família um ‘porto seguro’. Com Carlo Conti Sr teve os seus dois filhos, Carlo Jr e Edoardo. Foi por eles que afastou-se da actuação e se dedicou mais a família. Perante a lente do filho mais novo, que tal como o pai escolheu ficar atrás das câmaras, vai protagonizar “La vita davanti a sé”. Depois de “Nine”, gravado em 2009, está assim marcado o regresso da actriz ao grande ecrã. Mesmo não trabalhando ao mesmo ritmo que em décadas anteriores, os fãs não esquecem a última das grandes divas, que em 1991 ganhou o segundo Oscar de uma rica carreira pontuada por inúmeros prémios e reconhecimentos em todo o mundo.
Considerada um tesouro vivo do cinema mundial, a bela italiana completou 85 anos no passado mês de Setembro. Mesmo com o passar dos anos, a última das grandes divas do cinema mundial contínua simpática e envolvente, encantando tanto colegas como o grande público que a continua a ver desfilar uma das últimas divas da Idade de Ouro do Cinema de Hollywood.

 

 

JANE FONDA UMA ATIVISTA DE CAUSAS

Quando recebeu o Oscar de melhor actriz em 1971, Jane Fonda não sabia indicar o Vietname no mapa. Um ano depois, a filha do também actor Henry Fonda viajou sozinha para Hanói e desde então tem-se destacado como uma activista de muitas causas. Mulher de garra, os 81 anos de vida não a impedem de estar na fila da frente de manifestações e de continuar a fazer aquilo que faz melhor: representar.
Nascida em Nova Iorque, em 1937, a representação sempre fez parte da vida de Lady Jayne Seymour Fonda, já que o pai, o irmão (Peter) e uma sobrinha decidiram dedicar as suas vidas a darem corpo às mais diferentes personagens.
Nasceu durante as gravações de “Jezebel”, onde o seu pai, o mítico Henry Ford representou junto à grande Bette Davis e até aos 13 anos a jovem teve uma vida confortável. Foi na entrada da adolescência que a mãe, uma socialite marcada por traumas de infância, cometeu suicídio após dar entrada numa instituição psiquiátrica. Aos dois irmãos, que eram muito protegidos pelo pai, nada lhes fora dito e a adolescente acreditou que a progenitora tinha morrido de ataque cardíaco, até ler a verdade numa revista de cinema. Este acontecimento ajudou a criar uma personalidade forte e contestatária, bem diferente do ambiente recatado que encontrou quando, com apenas 15 anos, entrou para a Greenwich Academy, um internato para raparigas.
Com cabelos loiros volumosos e silhueta longilínea, Fonda apareceu como modelo nas conceituadas revistas de moda “Vogue” e “Harper’s Bazaar” antes de se encontrar com Lee Strasberg, da Actors Studio. Foi o criador do ‘método’ que a inspirou a perseguir uma carreira na representação, primeiro entre as tábuas do teatro e depois nas grandes produções de Hollywood.
O seu primeiro grande papel foi em “Pelos Bairros do Vício”, onde deu assas a toda a sua sensibilidade no papel de uma prostitute tendo ganho o Globo de Ouro para melhor actriz promissora. Vista como uma das mais talentosas da sua geração, a promessa consagrou-se em realidade quando interpretou uma professora fora-da-lei em “A Mulher Felina”, uma comédia de estilo western que a catapultou para o estrelato com apenas 28 anos de idade.
Com um estatuto de sex symbol, a jovem Jane Fonda escolheu com muitos cuidado os seus papéis, tendo recusado “Bonnie e Clyde”, até encontrar aquele que lhe ia dar a tão desejada estatueta dourada. Em “Klute” deixou todo o seu dramatismo transparecer enquanto lutava pela própria vida fugindo de um assassino psicopata. Este foi o enredo que a levou até aos Oscares mas outra história começava a escrever-se a sangue.

 

A década de 70 ficou marcada com a guerra do Vietname. Enquanto as ‘estrelas’ de Hollywood desfilavam no Kodak Theatre, os soldados americanos matavam e morriam nas profundezas da selva. Inspirada por “Amargo Regresso”, filme que faz uma crítica feroz à guerra que se desenrolava e com o qual ganhou o segundo Oscar da carreira, Jane Fonda fez muito mais do que aprender a identificar Hanói no mapa e viajou sozinha para o meio de um sangrento conflito. As imagens capturadas, onde aparecia sentada sorridente sobre um canhão dos vietcongues, fizeram com que ganhasse o apelido de “Hanói Jane” e fosse vista como uma traidora pelo FBI.
Foi desta forma que começou a faceta de activista política. Para além de ser contra a guerra, Fonda também lutou pelos direitos dos nativos americanos e ‘abraçou’ o movimento dos Panteras Negras.
Para mudar a forma como era vista, pintou o cabelo de castanho e começou a gritar palavras revolucionárias. Muitos acreditaram que o romper com o rótulo de sex symbol e a cada vez maior voz política que tinha na década de 70 trouxeram-lhe alguns dissabores cinematográficos.
Em “My Life So Far”, biografia que escreveu em 2005, a actriz disse mesmo que a sua carreira tomou um outro rumo após se ter oposto publicamente contra o que acontecia no Vietname e como a comunidade negra era tratada no seu próprio país. A casa que dividia com o segundo marido, Tom Hayden, era paragem obrigatória para mendigos, hippies e activistas. Foi durante este período que a Campanha por uma Democracia Económica (CDE), organização de apoio àqueles que tinham menos recursos e lutavam para se manter numa América que ainda sofria com as feridas deixadas pela guerra do Vietname e a do Golfo.

A volta de Jane Fonda ao estrelato de Hollywood aconteceu, já na década de 80, com “Nine to Five”, um dos maiores sucessos de uma longa e variada carreira, repleta de distinções. Representar ao lado do pai sempre fora um dos sonhos da actriz, que conseguiu tal feito em “On Golden Pond”, película que produziu e protagonizou ao lado de Katharine Hepburn. Com este filme, os Fonda ganharam o Oscar para melhor actriz secundária e para o melhor actor.
Mulher de vários amores, a década de 90 trouxe uma nova paixão a Jane Fonda. A actriz activista encantou-se por Ted Turner, o milionário dono da cadeia CNN. Foi por ele que decidiu deixar a carreira de actriz de lado para se dedicar-se aos vídeos de ginástica aeróbica, uma das formas que encontrou para manter a beleza e vitalidade que sempre a marcaram. Mas se foi ao lado de Ted Turner que desfilou na passadeira dos Emmys, também foi por causa dele que abraçou o feminismo e juntou-se ao movimento MeToo tendo admitido que tinha sido violada em criança e que também sofreu represálias por ter recusado o chefe.
Sem complexos, fundou uma organização para reduzir o índice de gravidez em adolescentes, já que os Estados Unidos são um dos países do mundo com maior taxa de mães com menos de 18 anos. Sempre próxima dos grandes círculos políticos, a galardoada actriz foi uma fervorosa apoiante de Hillary Clinton nas últimas presidenciais norte-americanas e tem demonstrado todo o seu descontentamento em relação a administração de Donald Trump, que acusa de ser intolerante com os imigrantes e com o aquecimento global.
As questões climáticas sempre tiveram um carinho especial no coração de Jane Fonda que mesmo com 81 anos continua a participar em manifestações. Em frente do Capitólio, com um icónico casaco vermelho, que emprestou a uma mulher que estava com frio, a polícia de Washington deu-lhe voz de prisão. A quarta vez no espaço de um mês. Nesse mesmo dia, a actriz deveria comparecer no Beverly Hilton, para receber, na celebração anual dos BAFTA LA, o Troféu Stanley Kubrick por excelência no cinema.
Actualmente Jane pode ser vista na série da Netflix “Grace and Frankie”, produção que vai para a quinta temporada e tem estado a quebrar vários tabus, que retrata os conflitos daqueles que chegam à terceira idade. No que toca às causas a defender, essas nunca serão demais para uma mulher que independentemente da idade continua a arranjar forças para lutar por aquilo em que acredita.

 

PA RA B RI L H A R N A S O C A S I Õ E S E S P E C I A I S (ENTREVISTA RAFAEL FREITAS) ELES&ELAS307

A cada colecção que apresenta, Rafael Freitas reinventa-se
como criador, já que se adapta às necessidades da sociedade
e dos clientes que o procuram para terem o vestido
ideal. Todas as suas peças são personalizadas pois nelas
está espelhada a história, os receios e os sonhos daqueles
que os vão usar.
Requinte e sonho. As criações de Rafael Freitas são peças
de alta-costura que acompanham as mudanças existentes
tanto na sociedade como na mulher real. Estes são vestidos
únicos e personalizados que reflectem a história de vida e
os sonhos dos clientes que procuram o criador.
Na Maison Rafael Freitas, que se situa na central avenida da
Boavista, no Porto, os clientes são recebidos num ambiente
apalaçado onde o luxo e os brilhos Swarovski fazem com
que as criações ali criadas sobressaiam.
“Baseio-me essencialmente numa leitura da sociedade e
na percepção das suas necessidades, através da procura
de um estilo diferenciado e não vulgarizado, contrastando
a riqueza dos materiais usados, os apontamentos e aplicações
muito próprias que caracterizam a marca, o jogo de
sedução entre o brilho, cor e sombra, o apelo à originalidade
e ousadias temperadas”, explica Rafael Freitas sobre o que
caracteriza a sua marca.
“Esta é uma maison única, imponente, envolvida em requinte
e glamour. É um espaço apalaçado onde o luxo e os
brilhos Swarovski imperam”, revela o designer sobre o seu
novo espaço, um mundo de sonhos na alta-costura portuguesa
onde todos os detalhes contam.

As criações de Rafael Freitas não são simples peças de roupa,
já que todas contam uma história que vai sendo construída
ao longo do processo de confecção e que é adaptada
ao gosto do cliente.

 

VER MAIS NO ÚLTIMO NÚMERO DA ELES&ELAS JÁ NAS BANCAS.

CLÁUDIA VIEIRA A Girl Next Door Que Se Tornou Uma Estrela

 

 

Actriz e modelo, Cláudia Vieira é uma das mais conhecidas e belas mulheres portuguesas. Descontraída e com uma simpatia sem limites, quando falamos do seu nome rapidamente a associamos a produções como “Morangos com Açúcar”, “Rosa Fogo”, “Sol de Inverno”, “Alma e Coração” ou Coração de Ouro”.
Uma confessa apaixonada pela vida, a ‘cara’ da SIC é mãe de duas meninas, Maria e Caetana. A mais nova, fruto da relação com o empresário João Alves, nasceu a 01 de Dezembro.

Nascida há 41 anos, numa quinta idílica às portas de Lisboa, Cláudia Patrícia Figueira Vieira é uma das figuras nacionais mais reconhecidas e acarinhadas. Apresentadora, protagonista de várias telenovelas e campanhas publicitárias, é figura assídua na televisão portuguesa há 15 anos.
Com 1,76 de altura e lustrosos cabelos escuros, Cláudia Vieira é uma inspiração para várias mulheres, que a vêem como um exemplo a seguir.
Independente, orgulhosa, bastante feminina e segura de si mesma, estas são algumas das características que se colam a si como uma segunda pele e que a fazem destacar-se onde quer que esteja.
Ao contrário do que o espectador está habituado a ver nas passadeiras vermelhas que frequenta, e onde deslumbra em qualquer vestido com a sua beleza magnética e sorriso inconfundível, a infância da actriz esteve longe de ser glamorosa. Com mais três irmãos (dois rapazes e uma rapariga) e vários primos, subir às árvores e esfolar os joelhos eram algo de comum para a girl next door.

 

 

 

 

 

 

Livre e muito ligada a natureza, já que foi criada numa quinta de família, os figos apanhados directamente da árvore e o pão quente que a avó ia buscar logo de manhã a padaria fazem parte das memórias felizes que guarda da infância.
“O que mais falta sinto é desse contacto directo com a natureza”’ relembra Cláudia Vieira sobre o período dourado que passou na pequena freguesia de Pinheiro de Loures, lugar pacato. Os dias eram calmos e vividos entre a escola, José Afonso, o restaurante da avó na Costa da Caparica e a prática de desporto (uma das suas maiores paixões).
Livre e muito ligada a natureza, já que foi criada numa quinta de família, os figos apanhados directamente da árvore e o pão quente que a avó ia buscar logo de manhã a padaria fazem parte das memórias felizes que guarda da infância.
“O que mais falta sinto é desse contacto directo com a natureza”’ relembra Cláudia Vieira sobre o período dourado que passou na pequena freguesia de Pinheiro de Loures, lugar pacato. Os dias eram calmos e vividos entre a escola, José Afonso, o restaurante da avó na Costa da Caparica e a prática de desporto (uma das suas maiores paixões).

 

Chegada à vida adulta, a mudança para Lisboa, que ficava ali tão perto mas ao mesmo tempo tão longe, foi o próximo passo a dar. Independente desde cedo, altura em que começou a trabalhar como promotora, a entrada no mundo da moda deu-se quase por acaso. Actualmente filiada na L’Agence, Cláudia Vieira nunca viu nos trabalhos como modelo uma forma de fazer carreira mas apenas como uma forma de conseguir ganhar algum dinheiro para perseguir o caminho que já se via a seguir.
Um dos seus primeiros projectos foi uma fotonovela, onde fazia o papel de duas irmãs gémeas. Seguiram-se desfiles para a Hummel e Wella, editoriais e catálogos para várias revistas de moda, onde demonstrou um lado bastante feminino e único no panorama nacional. Devido a uma imagem única, foi eleita Mulher Triumph e ocupou o papel de embaixadora da L’Oréal Paris em Portugal.
Tudo mudou na vida da jovem actriz com o seu primeiro grande papel em televisão. Em 2004, Cláudia Vieira junta-se ao elenco da segunda temporada de “Morangos com Açúcar”. Na conhecida série juvenil, e que serviu como ‘laboratório’ para vários rostos da representação nacional, viveu o papel de Ana Luísa, uma apaixonada por motocrosse. O seu par, Simão, era interpretado por Pedro Teixeira. Foi nos corredores da antiga NBP, actualmente Plural, que este amor da ficção transportou-se para a vida real. O casal, que esteve junto durante nove anos, é pai de Maria.
Mesmo tendo começado a ‘dar cartas’ na representação de Queluz de Baixo, onde era uma das promessas do canal, Cláudia Vieira decidiu começar tudo de novo. Foi na ficção da SIC, para onde se mudou em 2008, que a actriz passou de promessa a uma certeza. Desde então, a morena de sorriso fácil tem sido presença assídua nos ecrãs dos portugueses. Foi também no canal de Carnaxide que se estreou na apresentação, em programas como: “Ídolos” e “Factor X”. Ao lado de João Manzarra protagonizou uma dupla bastante consensual e que se distinguia das restantes pelo estilo refrescante, divertido e bastante enérgico que transmitiam.

 

Um dos pontos altos da carreira de Cláudia Vieira aconteceu com a participação nos Internacional Emmys Awards, em Nova Iorque. “Rosa Fogo”, que protagonizava, e Remédio Santo” (da TVI) estiveram nomeadas para o prémio de melhor telenovela. As produções portuguesas viram esta distinção ser entregue a “O Astro”, da TV Globo.
Em 15 anos de carreira, onde teve que se reinventar para poder dar o melhor de si, deu corpo e alma a várias mulheres.
“Passar por grandes processos de transformação física e visual para as minhas personagens fez com que olhasse mais para o meu lado feminino”, afirmou a actriz sobre o processo quase camaleónico pelo qual passa para poder interpretar as suas personagens.
Cláudia Vieira já foi uma apaixonada professora de tango, uma ousada jornalista sem qualquer tipo de pudores em ir contra os poderes instituídos ou uma trapezista de circo. Sempre focada no trabalho, faz questão de fazer ela própria as cenas mais físicas. Acredita que desta forma de transmitir a intensidade necessária em cada cena. A actriz protagonizou uma queda aparatosa nas gravações da novela “Alma e Coração”, onde contracenava com José Fidalgo. Devido a esta queda do trapézio partiu uma costela mas nem a dor física consegue parar a popular figura que em tudo vê um lado positivo.
Muito ligada a causas sociais e ao que a rodeia, a actriz é madrinha da Casa da Palmeira. Este é um centro de acolhimento temporário para crianças em risco com idades até aos 12 anos e que está sedeado em Loures, cidade que a viu nascer.
Reservada no que toca a vida pessoal, é junto dos mais próximos que gosta de estar e é neles que ganha forças para abraçar novas aventuras. “Tenho tido grandes desafios, coisas que a vida me coloca pela frente, e agarro-os sempre!”
Um dos sonhos que pretende ver realizados é a abertura de um turismo rural sustentável, de respeito pela natureza. O mesmo respeito que lhe foi incutido desde criança e que ajudou a moldar a mulher em que se tornou e que não se conforma com o que o destino tem reservado, preferindo ‘arregaçar’ as mangas e lutar por aquilo que acredita.